Sindipetro-NF
Petroleiros e integrantes de movimentos sociais realizam, nas primeiras horas da manhã de hoje, um "trancaço" na base da Petrobrás de Imbetiba, em Macaé. Todos os portões foram tomados por manifestantes, que impedem o acesso à base desde às 5h40. Cerca de 500 trabalhadores permanecem neste momento do lado de fora da empresa, mas o impacto pode chegar a aproximadamente quatro mil petroleiros, que é o número de empregados do local.
A Petrobrás tenta manter parte dos trabalhadores em atividade, transferindo-os para outras bases em Macaé, como o Parque de Tubos. Há impactos também em uma obra próxima ao portão de Imbetiba, que está paralisada durante o protesto.
A atividade surpresa é mais um dos atos públicos integrantes da Greve Nacional dos Petroleiros, que desde o dia 17 de outubro mantém em paralisação trabalhadores de 42 plataformas da Bacia de Campos. No Terminal de Cabiúnas, os cortes de rendição (troca de turma) não têm sido feitos. O movimento entra em seu sexto dia.
De acordo com o diretor de Comunicação do Sindipetro-NF, Marcos Breda, não há previsão de horário para o encerramento do “trancaço”. Protestos semelhantes na base costumam durar cerca de três horas. Ontem, no entanto, o bloqueio nos portões do Parque de Tubos durou até o final da manhã.
Também hoje, pela manhã, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) volta a se reunir com a Petrobrás, no Rio, em busca de avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Na parte da tarde, às 15h, a Federação reúne o seu Conselho Deliberativo, integrado pelos diretores da FUP e por representantes dos sindicatos filiados.
Seguranças da Petrobrás agridem militantes
Em dois dos três portões da base de Imbetiba, em Macaé, onde os petroleiros realizam na manhã de hoje um "trancaço" (veja aqui) foram registradas confusões entre seguranças da Petrobrás e militantes. Houve agressões físicas nas entradas da praia Campista e do meio da unidade.
O Sindipetro-NF repudia a ação dos seguranças e vai apurar se eles agem por conta própria ou se estão sendo incitados pela companhia a provocar tumultos. A entidade reafirma que seus protestos são pacíficos.
O sindicato ainda não tem informações sobre a identidade dos militantes agredidos pelos seguranças. O protesto está mantido em todos os portões. Além das duas entradas aonde houve confusão, os petroleiros e militantes dos movimentos sociais também realizam o "trancaço" na entrada da praia de Imbetiba.
Outros “trancaços”
Além de Imbetiba e Parque de Tubos, durante esta greve os petroleiros do Norte Fluminense realizaram “trancaços” nas bases de Cabiúnas e UO-Rio, todas em Macaé.