A greve no Norte Fluminense, em defesa do Pré-Sal.
A categoria dos petroleiros está unida em uma paralisação por 5 dias, em diversos estados do Brasil, contra a venda dos Campos de Petróleo. A ação é em repudio à colocação à venda de 104 concessões, com 98 delas produzindo. Todas estão divididas por 5 estados brasileiros: Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo.
Os trabalhadores vão para as ruas no Amazonas.
Desta forma, a greve de cinco dias está denunciando a entrega do patrimônio do nosso povo, além de lembrar a importância econômica e social dos Campos maduros, que estão sendo doados pelo governo golpista. Segundo o coordenador geral da FUP, Zé Maria: “a nossa categoria vai resistir a essa entrega. Não podemos nunca enfrentar crises com receitas antigas, que é o que o governo interino faz, ao colocar o Pedro Parente à frente da nossa empresa. A receita contra a crise para eles é a doação de ativos, e nós, da FUP, com os movimentos sociais, vamos resistir, pois essa é a nossa marca”.
A greve no estado da Bahia iniciou na madrugada de segunda-feira.
No Rio Grande do Norte, os petroleiros e as petroleiras de Canto do Amaro pararam nesta segunda, 1/8, a partir das 5h da manhã e ficaram reunidos em frente ao OP-CAM até às 11h, quando retornaram a Mossoró no transporte disponibilizado pelo sindicato da categoria. Durante a paralisação, ampla maioria manifestou-se favorável aos seguintes encaminhamentos: suspensão da emissão de PT/PTT’s durante os cinco dias de greve; Estado de Assembleia Permanente; Participação no ato em frente à Base-34 em data a ser informada pela diretoria do sindicato em momento oportuno.
No Rio Grande do Norte, os petroleiros também estão na luta.
Na madrugada desta segunda-feira, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia também iniciou uma greve de cinco dias contra a venda das bases da Petrobrás em Campos Terrestres de Produção de Petróleo e Gás. Os sindicatos dos estados do Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí também realizam a greve. Na Bahia, 64% dos trabalhadores da UO-BA aprovaram a greve.
A luta contra a privatização também se intensificou em São Paulo.
Em Santiago, no Campo de Água Grande, e em Miranga, não ocorreu a rendição dos turnos nem do setor administrativo, e o movimento transcorre de forma tranquila. Além disso, durante a greve, a Segurança Patrimonial, o setor de saúde e equipes de manutenção de emergência estão sendo liberadas. “Acabamos de liberar uma equipe para fazer reparos de uma linha de produção de gás em Miranga, que está tendo vazamentos”, informou o diretor da FUP e do Sindipetro Leonardo Urpia.
A categoria do Espírito Santo também está unida, na luta.
Com a adesão massiva de trabalhadores próprios e terceirizados, os petroleiros demonstram sua disposição de luta em defesa da Petrobrás e do Brasil! Contra a privatização da Petrobrás! Nenhum ativo a menos!
Em Minas Geraes, petroleiros, junto com a população, vão às ruas em defesa do Pré-Sal.
Os trabalhadores do Rio Grande do Sul também estão em greve.