O Sindipetro-RS organizou na manhã dessa sexta-feira, 05, um Ato em repúdio a falta de segurança no Sistema Petrobrás e em homenagem ao companheiro falecido nessa semana, o técnico de operação da Reduc, Luiz Augusto Cabral, que no dia 31 de janeiro caiu dentro de um tanque, durante um procedimento de medição.
Em frente ao portão da Refap, os dirigentes do Sindipetro-RS, com apoio dos representantes do Sindipolo, do Levante Popular da Juventude e da CUT-RS, reuniram os trabalhadores para chamar a atenção dos riscos que os petroleiros correm durante a jornada de trabalho: “Muita gente questiona que ações podemos tomar para evitar se expor aos riscos. O nosso papel é dizer não! Não temos nenhum tipo de culpa quando acontece um acidente. Somos vítimas quando deixamos de cumprir o nosso direito de recusa por medo. Temos que parar e refletir quando acontece um acidente como esse. Acidente não, aquilo foi um crime!”, disse o presidente Fernando Maia.
Para o dirigente do Sindicato Edison Terterola, não justifica colocar os problemas financeiros que a empresa está enfrentando, nos cortes sistemáticos da manutenção. “Queremos trabalhar com segurança, aqueles que cortam esses recursos são irresponsáveis, porque quem paga a conta é o trabalhador da linha de frente. Essa política é assassina e condena o trabalhador a morte”.
No final, o Frei Osmar realizou um Culto Ecumênico em homenagem ao companheiro Cabral. O Sindipetro distribui aos trabalhadores e trabalhadoras uma tarja preta que foi inserida no uniforme, no lugar do nome, em simbologia ao luto. No encerramento do Ato, todos e todas falaram em uma só voz: “Luiz Antonio Cabral de Moraes: PRESENTE!
Na próxima quinta-feira, 11, dia em que completará um ano da explosão no navio plataforma Cidade de São Mateus, onde morreram nove trabalhadores, também será feito o mesmo Ato em frente ao Tenit e no Tedut, às 7h30min. Na sexta-feira, 12, o Ato será realizado com os trabalhadores do Terig, às 7h30min, e do Pólo Naval, às 13h.
Fonte: Sindipetro-RS