Petroleiros encaram proposta da Petrobrás como provocação

Ao longo de todas as rodadas de negociação com a Petrobrás, a FUP e seus sindicatos…

Imprensa da FUP

Ao longo de todas as rodadas de negociação com a Petrobrás, a FUP e seus sindicatos deixaram claro que não haverá acordo mantidas as punições e que essa campanha tem que garantir mudanças estruturais nas políticas de SMS e de terceirização. A proposta apresentada pela empresa não aponta absolutamente nada de significativo em relação às cobranças dos trabalhadores. Além disso, provoca a categoria com um índice de reajuste salarial vergonhoso, frente aos lucros e resultados apresentados nos últimos anos. A mesma Petrobrás que investe 100 milhões de dólares por dia para sustentar seu crescimento, é capaz de propor aos trabalhadores apenas a correção da inflação e cerca de 1,5% de ganho real. É ou não é provocação?

A Petrobrás se agiganta pelo mundo afora, às custas de uma política de terceirização que precariza as condições de trabalho, ao privilegiar contratos mais baratos, em detrimento da segurança dos trabalhadores. Enquanto a empresa bate recordes de produção, os petroleiros se acidentam e morrem para garantir as metas das gerências. Apesar de mais de 80% das vítimas serem trabalhadores terceirizados, o acordo proposto pela Petrobrás não altera em nada essa realidade. É ou não é provocação?

A mesma empresa que enche de orgulho a nação continua perpetuando gestores autoritários que intimidam os trabalhadores com práticas antissindicais, punições, ataques às Cipas e outras organizações da categoria. Após duas semanas de negociação, nenhuma proposta foi apresentada para corrigir as arbitrariedades cometidas pela Petrobrás contra os trabalhadores punidos e perseguidos por participarem da greve de março. É ou não é provocação?

A Petrobrás não pode continuar referendando gestores que descumprem acordos, desrespeitam direitos e discriminam trabalhadores. A categoria exige um basta a essas provocações!

Na segunda-feira, (05), o Conselho Deliberativo da FUP se reúne em Brasília para construir um calendário de lutas e definir os próximos encaminhamentos em relação à campanha reivindicatória. Na terça-feira (06), a Federação e seus sindicatos realizam o Seminário Nacional de Qualificação de Greve, para discutir organização, planejamento e estratégias para os próximos movimentos grevistas no Sistema Petrobrás.

Acompanhe a agenda da campanha:

04/10 – prazo para realização de setoriais e seminários regionais de greve
05/10 –Conselho Deliberativo da FUP
06/10 – Seminário Nacional de Qualificação de Greve
08/10 – reunião com a Petrobrás para tratar das punições