Os sindicatos da FUP, de norte a sul do Brasil, em conjunto com os movimentos sociais, realizaram mobilizações no dia de ontem em resposta a tentativa de desmonte da Petrobrás por parte do Governo interino Mishell Temer, que tem como executores da obra a diretoria da estatal e todo conselho de administração da empresa. Fica cada vez mais claro para a sociedade que entregar o Pré-Sal para o capital estrangeiro faz parte do pagamento do golpe, a categoria começa a enxergar que sem o Pré-Sal a empresa caminhará para o fim.
Ao mesmo tempo em que os trabalhadores protestavam por todo o país, a FUP estava reunida com a Petrobrás, para exigir o cumprimento de compromissos que estão sendo negligenciados pela empresa e o respeito pelo acordo de trabalho (ACT) e normas regulamentadoras.
Um dos pontos debatidos foi o retorno do Benefício Farmácia, conquista de Acordo Coletivo de Trabalho e que foi tema de matéria em reportagem de emissora de televisão, onde se tentou passar uma imagem que os Petroleiros são privilegiados. É notória a existência da parceria entre o governo golpista, alguns setores da Petrobrás e veículos da grande imprensa, que tentam desmoralizar a empresa e seus funcionários, e que teve como resultado a demissão do gerente executivo Antônio Sérgio. Ora, se a decisão de conceder o benefício foi da diretoria da companhia, porque só o Antônio Sérgio? Será que os outros diretores foram ludibriados? Caso positivo e devem ter se defendido desta forma, não servem para estar na direção de uma empresa que movimenta bilhões de dólares em contratos.
Todos os pontos apresentados pela Federação como a pendência no cumprimento do Acordo foram tratados com desinteresse e ou desconhecimento, para piorar a situação, informaram em mesa que todo RH está paralisado, em virtude da espera da chegada do novo gerente de RH que virá de fora da empresa, indicação de Parente. Não foi o Parente que disse que acabaram as indicações políticas? Será que não temos quadros competentes para gerir o RH da empresa? Vários dos que estão como diretores foram gerentes executivos que aprovaram e contribuíram para a construção das políticas de RH em curso e hoje, são negadas por eles.
A Diretoria de Conformidade assedia os trabalhadores a dar ciência no Código de Ética e Guia de Conduta, prática esta que o próprio Código de Ética condena, a mesma diretoria finge não enxergar que a Cia está descumprindo cláusulas do ACT (que tem poder de lei) e a Norma regulamentadora 20. Não seria atribuição da Diretoria de Conformidade ser guardiã do cumprimento das leis? Ou será que é só para fazer uma brutal caça às bruxas dentro da empresa, onde parece que todos são culpados até que se prove o contrário?
Desta maneira, somente a força dos trabalhadores vai reverter um quadro que se aproxima de desmonte da Petrobrás e que tem como verniz o combate à corrupção, que é, na verdade, o DNA dos entreguistas de plantão que nunca aceitaram o sucesso da Petrobrás e têm pressa para desmontar a empresa. Assim, a união dos sindicatos, movimentos sociais e trabalhadores é essencial para garantir as conquistas do Acordo Coletivo e garantir também que o Pré-Sal seja nosso, fortalecendo a Petrobrás, gerando emprego e renda para todos os brasileiros.
Manter acesa a chama da resistência, esta é a nossa marca.