Os petroleiros aderiram ao ato convocado pelo Sindipetro Bahia e CUT em defesa da Petrobras e paralisaram suas atividades no começo da manhã de sexta-feira (9\5). O ato, em frente ao prédio administrativo da empresa na Pituba\Ediba, começou por volta das 7h e se estendeu até perto do meio dia, com participação também de mais de 70 terceirizados da Empercom.
Discurso político de ataque aos que fazem campanha contra a estatal – PSDB, PSB, DEM, PPS e Rede Globo – dominaram a paralisação.
O diretor Radiovaldo Costa denunciou a falta de solidariedade dos "crachás verdes" – funcionários da Petrobrás – aos terceirizados da Empercom, que estão a dois meses sem receber salários e muitos até passam fome, assim como gerentes que abandonam os trabalhadores e se locupletam". A Petrobrás, disse Radiovaldo Costa, "tem o apoio dos petroleiros, mas precisa honrar compromissos e pagar o que deve a quem trabalha".
O Sindipetro aproveitou o ato para reafirmar as denúncias sobre a política de desmonte das atividades nas áreas de produção e perfuração, quebradeira de prestadoras de serviços, demissão de trabalhadores, cortes do sobreaviso e revezamento de turno em massa, além da prática do assédio moral e sexual.
O coordenador geral do Sindipetro, Paulo César, lembrou que nos dias 7 e 8 de junho a categoria fará o III Congresso anual e nele a direção defenderá uma paralisação por tempo indeterminado na Bahia. Ele alertou “aos que aqui estão nesta quinta (9\5) e acompanham este ato, que se preparem, porque vamos dar uma resposta à altura aos que nos atacam usando a mídia golpista do país”.
Lideranças da CTB também defenderam a estatal, um patrimônio do povo brasileiro, denunciaram a política entreguista dos governos tucanos – quem não lembra da tentativa do governo FHC de querer privatizar a Petrobrás, projeto derrotado pelos trabalhadores – e reafirmaram a unidade sindical para essa nova luta.
Repercutindo denúncia que circula nas redes sociais e mídias do pais, o deputado estadual petista Rosemberg Pinto disse com veemência que “esse rapaz, Aécio, posa hoje de bom mocinho, mas sua ex-mulher já anda a dizer que ele enviou ao exterior diamantes e malas de dinheiro, usando a filha como álibi para encobrir suas aventuras”.
No ato, que paralisou todas as atividades no Ediba, diversos sindicatos, como o Sindipec, Sindalimentação, Metalúrgicos de Feira de Santana, Sindlimp e Rodoviários estiveram presentes, assim como trabalhadores da construção civil, representantes de movimentos sociais e populares e a juventude militante. O ato marcou ainda as atividades em defesa do Plebiscito Popular da reforma política.
Segundo o coordenador geral do Sindipetro, Paulo César, “os ataques da mídia conservadora contra a Petrobrás tentam confundir a opinião pública, destruir a imagem da empresa que é orgulho e patrimônio do povo brasileiro e nesta farsa montar palanques eleitorais”.
O diretor Deyvid Bacelar, por sua vez, alerta a categoria petroleira para o que se esconde por trás do falso moralismo dos que atacam a estatal e lembra da campanha que já fizeram os governos tucanos, quando quiseram privatizar a Petrobrás, “o que jamais será permitido pelos trabalhadores e o povo brasileiro”.
Já o presidente da CUT, Cedro Silva, faz um chamado para que a população saia às ruas em defesa de um sistema político construído a partir de um amplo debate, feito com a participação das entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, da juventude e dos movimentos democráticos e populares.
Fonte: Sindipetro-BA
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