Os trabalhadores próprios e terceirizados da Replan, em Paulínia, e da Recap, em Mauá, vão cruzar os braços por duas horas na manhã desta sexta-feira (10/11). O Dia Nacional de Paralisação é organizado pela CUT e demais centrais sindicais, com o objetivo de denunciar os retrocessos promovidos pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Os protestos acontecem um dia antes de entrar em vigor a Reforma Trabalhista, um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora.
Os atos na Refinaria de Paulínia e na Refinaria de Capuava serão realizados pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), em parceria com os sindicatos regionais da construção civil, responsáveis por grande parte dos terceirizados. “É extremamente importante a mobilização dos terceirizados, porque a contrarreforma vai aumentar ainda mais a exploração desses trabalhadores”, afirmou o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.
Parada emergencial
Na Replan, a mobilização também contempla outro tema, a segurança. A parada emergencial, que ocorreu no dia 1º de novembro, deixou a maioria dos petroleiros e o Sindicato preocupados com essa questão. O acidente operacional tinha grande chance de se transformar em uma tragédia, caso a nuvem de gases emitida pelas chaminés da refinaria encontrasse pela frente uma fonte qualquer de ignição. “Isso provocaria uma explosão e, com certeza, uma grande catástrofe, que iria atingir a Replan e toda sua vizinhança. Felizmente, tivemos sorte e o vento soprando a nosso favor”, comentou o coordenador da Regional Campinas do Unificado, Gustavo Marsaioli.
Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo