Começam nesta sexta, 14, as assembleias para os petroleiros e as petroleiras das plataformas avaliarem indicativo de aprovação de estado de greve. A categoria reivindica soluções para o caos aéreo que se arrasta desde o segundo semestre do ano passado e voltou a se agravar nas últimas semanas.
Como a entidade tem noticiado, houve uma redução de 40% no número de aeronaves que atendem à Petrobrás no Heliporto do Farol de São Tomé. Há impactos também sobre outros aeroportos da região.
“A média de transportes por dia gira em torno de 2200 pessoas em toda a Petrobrás, sendo 1100 pessoas embarcando e o mesmo contingente desembarcando diariamente. Lembramos que essas pessoas que aguardam o desembarque são as mais impactadas porque passam a ter seu descanso afetado”, explica o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.
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As assembleias vão até o domingo, 16 , com retorno das atas até às 12h da segunda, 17. O modelo de ata está disponível no final da matéria.
Histórico
Os sindicatos petroleiros do Norte Fluminense, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Litoral Paulista enfrentam o tema há vários meses e chegaram a realizar uma setorial conjunta com a categoria, além de reunião com a Petrobras. Nesta reunião foram feitas várias solicitações, sendo duas delas mais imediatas e de fácil solução, que era o pagamento de todas as HE (horas extras) geradas por conta do atraso de voos ser feito no próximo contracheque, já que os trabalhadores por necessidade de continuidade operacional e urgência da companhia trabalham no período que seria sua folga, assim como o pagamento das passagens para quem não mora na região, quando acontecer o atraso no voo.
Na manhã do último dia 5, o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, participou de uma reunião com o gerente geral da Petrobrás, mas não recebeu nenhum prazo concreto para atendimento das solicitações. A situação é crítica porque a companhia alega não ter aeronaves. Está prevista para junho a entrega de sete novas aeronaves, mas não é possível dimensionar se elas serão suficientes para resolver o problema.
A diretoria do Sindipetro-NF tem buscado a solução através do diálogo, entretanto alerta que a categoria está extremamente insatisfeita com a situação e aguarda uma solução imediata. Essa situação tem tido forte impacto na saúde mental da categoria petroleira, com consequente aumento do risco de acidentes a bordo.
[Da imprensa do Sindipetro NF]