Petroleiros do NF farão ato para lembrar 13 anos do caso P-36

Sindipetro NF

Adernamento recente em plataforma da Noble mostra que a insegurança continua a ser marca do setor petróleo. Protesto nesta sexta, 7h, no Heliporto do Farol de São Thomé, vai marcar a passagem do 15 de Março, a data que a categoria jamais esquecerá

A categoria petroleira na região marca com a realização de ato público nesta sexta, 14, às 7h, no Heliporto do Farol de São Thomé, a passagem dos 13 anos da tragédia da P-36. O Sindipetro-NF também está organizando um evento para a sede de Macaé, previsto para o próximo dia 25, para discutir saúde mental do trabalhador, relacionado ao tema com a insegurança.
Em razão do período ser, também, de assembleias para avaliação da proposta de regramento da PLR (veja ao lado), o NF indica ainda que os trabalhadores das áreas operacionais aprovem relatórios de pendências de saúde, segurança e habitabilidade nos locais de trabalho, para envio ao sindicato.

Caso SS-53
Para o Sindipetro-NF, casos como o da SS-53, que passou por adernamento de 3,5 graus na madrugada do último dia 28 e provocou o desembarque de 79 petroleiros e a interdição da unidade, mostram que, mesmo mais de uma década depois do acidente da P-36, as empresas do setor petróleo não levam a sério a segurança da atividade.
 A atuação do sindicato, subsidiado pelas informações enviadas pelos trabalhadores, tem permitido o aumento do número de interdições e inspeções, mas, mesmo assim, o quadro ainda é preocupante na avaliação da entidade.
 “A Petrobrás anunciou que pretende atingir a produção de quatro milhões de barris diários em 2020, que é o dobro do que produzimos hoje, e o que vemos é que órgãos fiscalizadores como ANP (Agência Nacional do Petróleo), Ministério do Trabalho e Marinha não têm a mesma perspectiva de acréscimo em suas condições de fiscalizar plataformas e embarcações”, lembrou o coordenador geral do NF, José Maria Rangel.