Petroleiros denunciam falta de água potável na Replan

A coluna Bronca do Peão*, publicada pelo Sindipetro SP, destaca que na Replan, petroleiros têm se sujeitado a trabalhar sem protocolo de testagem contra covid-19 e agora, devido à troca de contrato da alimentação, não possuem nem água potável para consumo

Parece piada, mas a empresa que consegue distribuir R$ 64 bilhões aos acionistas, deixa faltar água potável aos trabalhadores de sua maior refinaria, mas qual a novidade disso? Faltam etiquetas de amostra, barbantes, fitas adesivas e vergonha na cara dos gestores!

Na Refinaria de Paulínia (Replan), devido a troca de contrato do restaurante responsável pela alimentação dos trabalhadores, não houve distribuição de galões de água mineral na unidade, deixando prédios da manutenção, armazém e outros locais sem água potável para consumo. Além disso, o tempo aproximado de espera na fila para o almoço foi de 45 minutos.

Deixar faltar água é apenas um capítulo da falta de capacidade de gestão dessa unidade e de toda a Petrobrás. O descaso e desleixo com todos nós é reiterado diariamente, como nos casos de contato com pessoas positivadas para covid-19, que são ignorados pela companhia, ou de trabalhadores com resultados positivos que voltam a trabalhar presencialmente 5 dias após o diagnóstico, sem realizar novos testes e ainda apresentando sintomas. Assim seguem os desmandos desses lunáticos promovidos a “liderança”.

Todo dia é uma loucura aqui no trabalho, uma verdadeira roleta russa. Não sabemos se seremos testados, não conhecemos os protocolos, não temos as mínimas garantias diante do caos e agora falta água por uma gestão ineficiente que, entre um contrato e outro, não consegue organizar uma transição ordeira.

É a celebração da insanidade e o aplauso à incompetência que apontam, já no início de 2022, a Petrobrás como forte candidata ao troféu Boca de Porco do ano, tendo a Replan como maior expoente da “jenialidade” que hoje impera nessa companhia. Parabéns aos envolvidos.

* Texto enviado ao Sindipetro SP por petroleiro que preferiu não se identificar.