Petroleiros debatem o funcionamento das redes de trabalhadores no mundo

FUP

Os debates do Encontro Internacional da Rede Sindical de Trabalhadores da Petrobrás foram retomados na manhã desta quinta-feira, 27, com a participação de lideranças sindicais da CNQ, da FUP da Associação Nigeriana de Gás e Petróleo e de um representante do DIEESE .

O diretor da CNQ e coordenador de projetos da União Mundial da IndustriAll, Elias Soares, falou sobre a experiência de criação das redes de trabalhadores do ramo químico e ressaltou que as redes  tem como objetivo a luta pela globalização dos direitos dos trabalhadores.O sindicalista fez questão de ressaltar que as redes não competem com os sindicatos, mas buscam estabelecer um processo de diálogo com as empresas, que além de reivindicar melhores salários e condições de trabalho, existem para fortalecer o intercâmbio de categorias de, a troca de experiências e estabelecer políticas eficazes de comunicação entre membros da rede. Soares também citou as 20 redes de trabalhadores já formadas no ramo químico e a experiência de cada uma delas.

Sobre a proposta de criação da Rede Petrobrás, Elias afirmou que o processo de organização da rede tem tudo pra dar certo, já que a empresa e seus trabalhadores já praticam negociações nacionais há muitos anos, entretanto, o sindicalista ressaltou que para a criação de qualquer rede de trabalhadores, é primordial que seja criada uma pauta de reivindicações em nível internacional, visando estabelecer políticas que possibilite a reversão das situações de precarização das relações e condições de trabalho em todos os países onde a Petrobrás atue.

O economista e técnico de Dieese, Adhemar Mineiro também falou sobre a atuação das redes de trabalhadores, como uma forma dos trabalhadores se defenderem, em âmbito nacional, de empresas que tentam burlar os direitos dos trabalhadores, ao expandirem sua mão de obra por países diferentes.

O debate também teve a contribuição do petroleiro nigeriano, representando a Associação Nigeriana do Gás e Petróleo, Olowshili Mufutau, que contou um pouco sobre a atuação da Petrobrás em seu país, principalmente em relação à saúde e meio ambiente e, ressaltou a importância do Acordo Global, pactuado entre a Petrobrás e a IndustriAll em 2011, onde a empresa se compromete a garantir condições seguras de trabalho, responsabilidade ambiental, bem como respeito às representações sindicais nos países onde atua, do qual, a Nigéria faz parte. O sindicalista deu alguns depoimentos sobre a luta dos petroleiros nigerianos pelo aumento do efetivo, fato que também assola a categoria petroleira no Brasil.