As atividades do XVI Confup foram retomadas com o debate sobre a importância dos investimentos nos campos terrestres da Petrobrás. O coordenador do Sindipetro NF e diretor de Secretaria de Saúde e Segurança da FUP, José Maria Rangel, destacou que a discussão sobre esta questão tem um viés não somente sindicato, pois os desinvestimentos nestas atividades travam o desenvolvimento de regiões do nordeste e parte do sudeste, especialmente nos estados do Rio Grande Do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe/Alagoas e Espírito Santo, onde estão concentrados os campos de produção terrestre. José Maria citou a realização de seminários que abordaram o tema e, falou também sobre à sua intervenção em defesa destes investimentos, quando foi representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás.
José Maria que já foi representante dos trabalhadores no Conselho de Administração Petrobrás afirmou que durante a sua permanência no conselho, participou de seminários com os estados que estão sendo atingidos com essa desaceleração, para fazer um raio X e, depois, levou uma apresentação ao CA, mas ressaltou essa última etapa não foi concluída. “Nos últimos anos, o fato da empresa voltar todos os seus investimentos ao pré-sal tem prejudicado algumas áreas. A petrobrás também tem feito um movimento que agrada a categoria, mas vai de encontro ao que o movimento sindical defende que é a recomposição do efetivo” – disse.
O técnico do DIEESE e assessor do Sindipetro NF, Rodrigo Leão, também participou da mesa e alertou para algumas preocupações que a categoria deve ter com a desaceleração dos campos terrestres como o transferência de pessoas para outras regiões e os impactos nas cidades que dependem dos royalties e que vão perdê-lo, a redução dos empregos gerados e a transferência de empresas para outras cidades. “A Petrobrás tem um papel no desenvolvimento social do país e não podemos deixar de gerar desenvolvimento nessas áreas isoladas do país” – alertou o economista.
O vereador de Natal, George Câmara, que promoveu uma audiência pública sobre o tema, afirmou que o movimento sindical está sendo chamado a ser vanguarda na defesa dos campos terrestres e do projeto iniciado por Lula em 2003, de desenvolvimento reduzindo as desigualdades sociais.
Com informações do NF