Aprovação da greve na Usina de Xisto (SIX) do Paraná fortalece movimentos regionais que completam nesta terça 19 dias. As greves no Sistema Petrobrás, que começaram no dia 05 de março nas unidades da Bahia, Amazonas, Espírito Santo e São Paulo, ganharam na segunda, 22, a adesão dos petroleiros mineiros e avança com a entrada dos trabalhadores da SIX no movimento
[Da imprensa do Sindipetro PR/SC]
Após uma série de seis sessões de assembleia, realizadas entre os dias 18 e 22 de março, os petroleiros da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul-PR, decidiram que irão entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (26).
A deliberação veio após várias tentativas por parte do Sindicato de negociar a pauta de reivindicação apresentada pelos trabalhadores.
O Sindipetro PR e SC protocolou, em 18/02, a pauta junto à gerência geral da SIX com demandas relacionadas às condições de trabalho e garantia de direitos, caso ocorra a privatização da unidade. Dentre as reivindicações há pedidos de adoção de várias medidas de segurança dos trabalhadores, instalações e comunidades do entorno da SIX.
De lá para cá, por diversas vezes o Sindicato tentou abrir uma mesa de negociação, mas a empresa negou todas, sem justificativa razoável. A entidade chegou a convidar os gestores locais para uma reunião de videoconferência na última terça-feira (16). No entanto, em ofício no dia anterior, apenas informou que não compareceriam.
Diante disso, o Sindicato submeteu o impasse à avaliação dos trabalhadores em assembleia. 91% dos participantes foram favoráveis à greve. Apenas 9% se abstiveram e não houve registro de um voto sequer contra o movimento. Sinal da unidade e indignação coletiva dos petroleiros da Usina do Xisto.