Os trabalhadores próprios da Replan, em Paulínia, participaram na manhã de hoje (16.08) de uma paralisação contra a reforma previdenciária, a entrega do patrimônio público e os ataques aos direitos trabalhistas. Cerca de 90% dos operadores do turno e metade do pessoal do setor administrativo aderiram à mobilização e atrasaram em duas horas o início do expediente na refinaria.
O ato foi promovido pelo Sindipetro Unificado-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo), como parte das ações do “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”, convocado pelas centrais sindicais, que organizaram protestos nas principais capitais do país.
Os dirigentes conversaram com os trabalhadores sobre a conjuntura política e econômica do país e a importância da união de forças contra o pacote de maldades do governo Temer, que mira, principalmente, a redução de direitos da classe trabalhadora.
“Nossos direitos estão sob ataques. Por meio de mudanças em leis, o novo governo interino propõe a flexibilização da CLT, terceirização das atividades-fim das empresas e reforma da previdência, conquistas garantidas pelos trabalhadores após muitos anos de luta”, afirmou o diretor do Unificado Steve Austin Campos Rosa.
Segundo o coordenador da Regional Campinas do Sindicato, Gustavo Marsaioli, as manifestações de hoje são um alerta ao governo e aos empresários. “Temos uma luta de resistência pela frente e caminhamos para a construção de uma greve geral, com o objetivo de barrar essas ameaças e o aumento do desemprego no país”, declarou.
Na Paulista
A direção do Sindicato também participou hoje da mobilização realizada na Avenida Paulista, em São Paulo. A concentração foi em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entidade patronal, símbolo da precarização dos direitos do trabalhador e associada à CNI (Confederação Nacional da Indústria), que defende jornada semanal de trabalho de oitenta horas.
Fonte: Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo