Sindipetro BA
Nas assembleias realizadas desde a segunda (4), a categoria vota de forma consciente e aprova o indicativo do CD da FUP de greve de cinco dias, no período de 20 a 24 de fevereiro, pós-carnaval.
Nesta quarta (6), serão realizadas assembleias na RLAM e Conjunto Pituba. No total parcial até terça (5), votaram 569, sendo 490 a favor da greve, 46 contra e 33 se abstiveram.
Os petroleiros da Bahia, assim, atendem à convocação da direção do Sindipetro Bahia e dizem NÃO à intransigência da Petrobras, que decidiu não negociar com as entidades dos trabalhadores uma PLR justa, igualitária e com regras permanentes.
Já ocorreram manifestação de apoio à greve nos campos terrestres da Unidade Operacional (Araçás, Fazenda Bálsamo e Buracica); na RLAM, após a assembleia aprovar o indicativo da greve, os trabalhadores saíram em caminhada até o Portão 1, cantando “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. No local os seguranças da SSP fechara os portões.
Na base Taquipe, a assembleia foi seguida de um ato e um atraso na entrada do expediente; depois teve uma grande marcha de protesto e indignação contra a Petrobras.
A adesão à greve também ocorreu na Fafen, Miranga e Cofip. Confira os resultados parciais.
TAQUIPE
a favor – 255
contra – 5
abstenção – 2
RLAM
a favor – 174
contra – 31
abstenção – 21
FAFEN
a favor – 16
contra – 8
abstenção – 5
FAFEN \ assembleia permanente
a favor – 5
contra – 0
abstenção – 0
COFIP
a favor – 45
contra – 2
abstenção – 5
Segundo o coordenador geral do sindicato, Paulo César, a categoria não aceita a discriminação que a Petrobrás quer impor aos trabalhadores, ao garantir aos acionistas uma parcela fixa dos lucros e resultados, enquanto os petroleiros não tem garantias, mas sim redução do montante a ser distribuído, justamente quem produz a riqueza da empresa. A luta, diz PC, é para que essa discriminação acabe e a PLR seja justa, igualitária e com regras permanentes.
Apesar da mobilização dos petroleiros no país e da paralisação de advertência de 24 horas – na Bahia a adesão foi total – em defesa de uma PLR justa, igualitária e com regras permanentes, a Petrobrás mantém a intransigência de não negociar.
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Incêndio na U-9 e vazamento na U-6
Os sucessivos vazamentos e acidentes que tem ocorrido na mais antiga refinaria do país, a RLAM, deixa à mostra que existe algo de errado. Com vasto histórico negativo quando o tema é SMS, a Refinaria nem bem iniciou a apuração do grave acidente com o técnico de segurança Edmilson Sacramento e já teve mais dois: um no dia 30 de janeiro e outro 2 de fevereiro.
A direção do Sindipetro Bahia foi comunicada pelas gerências de CO e RH sobre o incêndio na U-9 e vazamento na U-6 e como determina o ACT participará das comissões de investigação e análise dos acidentes.
30 de janeiro
O incêndio próximo ao Limite de Baterias (LB) da U-9 ocorreu sob o pontilhão da rua E (oeste da U-9), após vazamento de óleo diesel dessa unidade de destilação. A gravidade aqui é que a manutenção já tinha feito “remendo” no local com uma braçadeira.
Segundo a gerência de CO, a primeira brigada – a turma 3 da SI, com 1 TS do administrativo, que ajudou a cobrir o efetivo – foi acionada e o fogo foi debelado com sucesso. Devido a esse evento, a U-9 está parada até identificação total do local do vazamento.
2 de fevereiro
Já o vazamento de óleo na U-6 – óleo de descarga na J-624 – ocorreu, pasmem, por causa de furo no corpo da válvula de descarga da unidade.
A SI foi acionada para atuar na emergência e montou um esquema móvel de combate a incêndio, para evitar que o vazamento se tornasse um incêndio de grandes proporções. Somente após o acidente, a U-6 foi parada para que a manutenção fizesse o reparo para sanar o vazamento.
Para o Sindipetro Bahia, fica claro o estado precário em que se encontra a infraestrutura da Rlam, como um todo. No entanto, o movimento sindical petroleiro não vê interesse das gerências, que já passaram e continuam a passar na Refinaria, em atacar e corrigir as falhas.