Petroleiros da Bahia protestam contra retirada de direitos e equacionamento da Petros

Indignação e revolta contra a atual gestão do Sistema Petrobrás foram os sentimentos externados por centenas de petroleiros que participaram na manhã dessa sexta-feira, 12/07, de um ato em frente ao edifício Torre Pituba (EDIBA), sede da Petrobrás na Bahia.

Estavam presentes trabalhadores da ativa, terceirizados, aposentados e pensionistas, da capital e do interior do estado a exemplo, de Serrinha, Alagoinhas, Catu, Feira de Santana, Candeias e São Sebastião do Passé.

O ato, que aconteceu das 7h às 10h30, foi convocado pelo Fórum em Defesa da Petrobrás e da Petros na Bahia, composto pelo Sindipetro Bahia, Astape, Aepet, Abraspet, e Cepes, colocando em prática uma pauta extensa de protestos, que podem parecer distintos, mas estão interligados: fazem parte do projeto do governo de acabar com os direitos da classe trabalhadora e com as estatais.

A categoria disse não à volta da cobrança do equacionamento do Plano Petros 1. Protestou também contra o encerramento das atividades da Petrobrás na Bahia, contra a venda das refinarias e terminais, contra a proposta de ACT da Petrobrás e a reforma da Previdência.

Os manifestantes expressaram preocupação com o que pode acontecer com os petroleiros na Bahia, uma vez que a direção da Petrobrás está se mostrando determinada a acabar com a estatal no estado, o que vai afetar não só os trabalhadores diretos, mas também os terceirizados, que vão perder seus empregos.

Equacionamento

Durante o ato a categoria cobrou da Petrobrás a sua responsabilidade, como gestora do Plano de Previdência Complementar da categoria petroleira.

“Os participantes e assistidos não possuem a gestão do plano. A Petrobras é quem faz plenamente a administração e a gestão da Fundação e do plano. É injusto e desproporcional a cobrança e responsabilização dos participantes e assistidos, que indiscutivelmente, são a parte mais frágil dessa cadeia no aspecto econômico”, afirmou o diretor do Sindipetro, Radiovaldo Costa.

Para o diretor financeiro do Sindipetro, André Araújo, “a intenção do governo federal é inviabilizar os fundos de pensão privados para entregar o dinheiro dos trabalhadores ao mercado”. Ele alerta que “se a Petrobrás for privatizada, a sua participação nos planos de previdência ficará inviável”.

O coordenador do Sindipetro, Jairo Batista afirmou que a entidade sindical continuará lutando na justiça para que a Petrobrás assuma seus erros na condução da gestão e administração dos recursos da categoria. Ele também chamou a atenção para a guerra ideológica que está sendo travada hoje no Brasil e que não deixa lugar para que ninguém fique em cima do muro. “É preciso tomar uma posição, a nossa, do sindicato é ao lado dos trabalhadores, defendendo seus direitos, mas não podemos fazer isso sozinhos, a categoria tem que engrossar essa trincheira, caso contrário vamos ver escorrer pelo ralo nossos direitos e empregos”.

[Via Sindipetro BA]