Os petroleiros da Bahia, seguindo o indicativo da FUP, aprovaram a greve por tempo indeterminado a partir de 01/02. 55,68% disseram sim ao movimento paredista, 10,41% optaram pelo não e 33,91% se abstiveram.
Durante as assembleias que aconteceram de 22 a 28/01 em todas as unidades do Sistema Petrobrás no estado, a categoria deixou claro que não aceita o descumprimento do Acordo Coletivo por parte da Petrobrás, que está levando às demissões dos trabalhadores da Fafen Paraná já anunciadas pela direção da estatal.
É consenso entre os trabalhadores que é preciso dar uma resposta dura e firme à direção da Petrobrás para barrar a onda de demissões que virá principalmente se a categoria não deixar claro que não tolerará a postura da empresa. “Hoje é a Fafen Araucária que está sofrendo com o descumprimento do ACT, amanhã pode ser qualquer unidade da empresa, inclusive na Bahia”.
A cláusula 26 do ACT é clara: “a companhia não promoverá despedida coletiva ou plúrima, motivada ou imotivada, nem rotatividade de pessoal (turnover), sem prévia discussão com o Sindicato”.
Portanto, a atual gestão da Petrobrás está agindo como se estivesse acima da lei e de forma autoritária tem usado as mesas de negociação apenas para informar as suas decisões, não há diálogo, muito menos negociação. Isso vem acontecendo em temas importantes para a categoria como a tabela de turno, a PLR e o banco de horas.
“Conseguimos fechar o ACT após uma negociação intensa. Foram mais de quatro meses, com a intermediação do TST e com todo tipo de pressão e assédio por parte da gerência e agora em menos de três meses após a assinatura do ACT, a Petrobras rasga esse acordo descumprindo um dos itens mais importantes para a categoria que diz respeito à garantia do emprego. Isso é inaceitável”, afirma o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
A direção do Sindipetro vai dar inicio ao processo de organização da greve para que esse movimento seja forte e consiga atender aos interesses da categoria. “É preciso compreender que a categoria petroleira é uma só, seja no Paraná, no Rio de Janeiro, em São Paulo ou na Bahia, portanto, o que afeta um vai afetar a todos”, ressalta o coordenador do Sindipetro, Jairo Batista.
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[Via Sindipetro Bahia]