Nesta sexta-feira 30/06, dia da Greve Geral convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem medo, e centrais sindicais, a cidade de Salvador amanheceu sob forte chuva, poucos ônibus circulando, com protestos em alguns pontos da cidade, a exemplo do Iguatemi, onde os ônibus que saíram das garagens, pararam em fila na Avenida ACM, congestionando o trânsito na área, causando reflexo em outros bairros da cidade. O movimento paredista é contra as reformas da previdência e trabalhista e a privatização do Sistema Petrobrás, e também pelo Fora Temer e Diretas Já.
Na Região Metropolitana de Salvador e estradas que levam à área industrial houve mobilizações de manifestantes, o que levou ao bloqueio do tráfego nas BA 522 e 523, em Candeias, que dão acesso à Refinaria Landulpho Alves e Transpetro. Entre várias categorias que participam da greve, a dos petroleiros se destaca pela grande adesão. A maioria dos trabalhadores optou por não ir trabalhar, quem foi não conseguiu chegar devido aos bloqueios nas estradas, desta forma não houve troca de turno nas unidades do Sistema Petrobrás. A paralisação também atingiu o município de Alagoinhas.
Estão paradas as unidades de Taquipe, Araças, Buracica e Fazenda Bálsamo, Transpetro, Fafen, Termelétrica Rômulo Almeida, Santiago, Miranga, Candeias (OP-Can e EVF). No EDIBA, a maioria dos petroleiros diretos aderiu ao movimento, no entanto, alguns trabalhadores terceirizados, pressionados pela gerência, entraram para trabalhar.
Na Rlam a greve é por tempo indeterminado
Já na Refinaria Landupho Alves (RLAM), onde foi dado início a uma greve nacional na área de refino, por tempo indeterminado, contra a redução do efetivo mínimo, que começou a zero hora do dia 30/06, quando foi interrompida a troca de turno, a adesão também é forte. Permanecem na refinaria apenas a turma 3 e parte da turma 1 (80% não atenderam à solicitação da gerência para que continuassem na unidade efetuando dobra), além de alguns supervisores e gerentes.
De acordo com o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, o Sindipetro está contando com a consciência de cada um, para que a greve seja vitoriosa. E isso já vem dando resultado, afirma Deyvid, “após as “cirandas de turno” realizadas com todas as turmas e adm da Rlam, ficou claro para nós do sindicato que há uma grande preocupação dos trabalhadores com o que pode vir a acontecer, com perdas de direitos e até postos de trabalho. No “aperto” a categoria está se tornando mais unida, o que é muito bom”.
No período da tarde as mobilizações continuam com uma passeata que sairá do Campo Grande às 15h em direção à Praça Castro Alves. “Muitos petroleiros já se comprometeram a vestir suas camisas laranjas e participar de mais essa atividade, o objetivo é defender os direitos dos cidadãos brasileiros e dar visibilidade à Petrobrás, para que a sociedade tome conhecimento do desmonte que está sendo efetuado na empresa e as suas consequências para os brasileiros”, ressalta Deyvid.
Fonte: Sindipetro-BA