Na Bahia, a greve de advertência de 72 horas começou à zero e um minuto da quarta-feira (30) com o corte de rendição em algumas unidades do Sistema Petrobrás, a exemplo do Campo de Miranga, do Temadre, Transpetro Jequié, Transpetro Itabuna e PBIO.
Na Refinaria Landulpho Alves, o movimento também começou na madrugada da quarta-feira, com uma operação padrão. O corte de rendição na RLAM acontecerá a partir das 15h.
No EDIBA, onde houve uma significativa adesão da categoria, que entendeu que o momento é de união, a greve se transformou em uma grande manifestação em frente ao prédio Torre Pituba,
O movimento conquistou a simpatia dos motoristas, que passavam buzinando e apoiando os petroleiros na luta pela redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha, e, principalmente pela mudança da política de preços da atual gestão da Petrobrás.
O “Fora Parente” foi externado através da queima de um boneco, representando o atual gestor da Petrobrás, que mergulhou o país no caos.
Muitos trabalhadores de outras unidades, como a RLAM e Transpetro, saíram de seus turnos de trabalho e foram ao EDIBA participar da manifestação, que teve encenação de peça teatral e contou com a presença de diversos parlamentares e representantes da CUT, CTB, Levante Popular da Juventude, UGT, CSP Conlutas, MAB, MPA, UNE, UJS, UFBA, Sindalimentação, Sindicato dos Engenheiros da Bahia, Sindicato dos Metalúrgicos de Feira de Santana, PT, PSOL, PCdoB, entre outros.
Apoio da sociedade
O uso excessivo e desnecessário da força militar em uma greve legitima de trabalhadores chamou a atenção. Mais de 100 homens do exército foram deslocados para a RLAM desde a noite da terça-feira (29).
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, a greve de advertência dos petroleiros já alcançou bons resultados logo no primeiro dia. “conseguimos pautar a mídia que compareceu em peso à manifestação no EDIBA e, o mais importante, estamos conseguindo o apoio da sociedade, que aos poucos, começa a entender que é a gestão de Pedro Parente a responsável pelos aumentos abusivos do preço dos combustíveis e gás de cozinha”.
Para Deyvid, “a questão central a ser debatida é a mudança na política de preços da Petrobrás e seus efeitos para a empresa e os consumidores. A partir dai retomaremos nossos direitos e preservaremos a Petrobrás como uma empresa pública, que age com responsabilidade social”.
O diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa lembrou que a categoria vem construindo, de forma sólida e ascendente, a greve por tempo indeterminado, que pode ser deflagrada a qualquer momento. “Seguindo orientação da FUP, o Sindipetro Bahia vem realizando setoriais, mobilizações e, agora, a greve de 72h. Estamos construindo um grande movimento que, mais uma vez, colocará os petroleiros como protagonistas, não só da sua história, mas também da história do Brasil”
Principais eixos do movimento grevista:
– Redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha
– Retomada da produção das refinarias
– Fim das importações de derivados de petróleo
– Não às privatizações e ao desmonte do sistema Petrobras
– Manutenção dos empregos
– Demissão de Pedro Parente, atual presidente da companhia.
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[Via Sindipetro-BA]