Os petroleiros da Replan cruzaram os braços na manhã de hoje (15.03), dia nacional de luta contra a reforma da previdência, e só iniciaram a jornada de trabalho por volta das 11h. Cerca de 1,6 mil trabalhadores próprios e terceirizados participaram do ato de protesto em frente à refinaria. A rodovia Professor Zeferino Vaz, que liga Campinas a Cosmópolis, foi bloqueada por quase uma hora, provocando grande congestionamento.
O movimento teve adesão de 100% dos trabalhadores, indignados com a proposta do governo Temer que acaba com a aposentadoria. O pessoal se concentrou nas duas principais portarias da refinaria, mas a maior movimentação ocorreu na entrada Norte, área de acesso da maioria dos terceirizados.
Por volta das 9h40, trabalhadores e dirigentes sindicais invadiram a rodovia, onde fica a Replan, e bloquearam as duas pistas, o que causou grandes filas de veículos. A ação foi acompanhada pacificamente pelas polícias militar e rodoviária. O tráfego foi liberado perto das 10h30.
Depois de darem seu recado ao governo e ao congresso sobre os ataques aos direitos trabalhistas, os petroleiros e os terceirizados entraram na empresa. O expediente começou com quatro horas e meia de atraso, ou seja, metade da jornada diária de trabalho.
“A mobilização teve participação total dos trabalhadores próprios e terceirizados, o que demonstra o grau de insatisfação com essa proposta cruel e absurda do governo ilegítimo Temer, que acaba com a aposentadoria. Somente com pressão vamos conseguir barrar essa reforma. O trabalhador sabe disso e está disposto a lutar pelos seus direitos”, afirmou o diretor da Regional Campinas do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), Gustavo Marsaioli.
Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo