Petroleiros cobram interdição de mais uma plataforma na Bacia de Campos

O Sindipetro-NF protocolou na Procuradoria do Trabalho, em Cabo Frio, pedido de interdição da plataforma P-35…





Sindipetro-NF

O Sindipetro-NF protocolou na sexta, 3, na Procuradoria do Trabalho, em Cabo Frio, pedido de interdição da plataforma P-35, na Bacia de Campos. O documento foi destinado ao procurador Fábio Luiz Mobarak Iglessias, que já apura denúncias do sindicato acerca de outras unidades da região. 

Este é o terceiro pedido de interdição feito pelo sindicato nas últimas semanas. Os outros foram feitos à SRTE (Superintendência Regional de Trabalho e Emprego) para os casos da P-31, que continua em operação, e para a P-33, que foi interditada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), e mantém apenas serviços de habitabilidade. 

Inicialmente na P-33, depois de denúncia do sindicato, a SRTE havia interditado equipamentos, mas a Petrobrás conseguiu liminar para mantê-los em funcionamento. O NF levou então o caso à ANP, à Marinha e ao Ministério Público do Trabalho. Após uma inspeção, a Agência determinou, pela primeira vez, a interdição de uma plataforma da companhia por falta de segurança. 

No documento que fundamenta o pedido de interdição na P-35, o Sindipetro-NF relata para o procurador casos como o de um gerente que caiu de uma escada na plataforma e quebrou o braço em dois lugares, justamente quando fazia uma auditoria interna sobre as condições de segurança. 

No dia 31 de agosto passado, durante paralisação de parte das linhas de gás da unidade, ocorreu vazamento de grande volume de gás natural, o que acabou por determinar a paralisação completa da produção da P-35 e a antecipação da sua manutenção geral.

Ainda na P-35, na tarde da quinta, 2, um petroleiro da empresa Skanska sofreu acidente. De acordo com relatos de trabalhadores, uma porta, de aproximadamente 250 Kg, soltou-se e caiu em cima da perna do trabalhador, que desembarcou com fratura exposta e foi operado em Macaé.

O sindicato denuncia que “os acidentes estão diretamente relacionados com a falha de manutenção e a extrema corrosão em que se encontra a unidade”. Portanto, a entidade pediu a “imediata paralisação das atividades, pois para além do relatado, no momento, nada e impede que a Petrobrás retome a produção da mesma, sem maiores medidas de reforma geral e combate à corrosão generalizada”.