O ato promovido pelo Sindipetro Bahia, nesta terça-feira, às 7h, no Trevo da Resistência, contou com a participação de centenas de trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM) e Transpetro, além de diversas entidades vizinhas da refinaria. O ato foi marcado pelo protesto contra a visita da comitiva da petroleira árabe Mubadala, uma das interessadas na compra da RLAM, além da falta de pagamento da multa recisória de 181 trabalhadores terceirizados da HXS.
“Nós, trabalhadores da Petrobras, estamos aqui mais uma vez mostrando disposição para luta, dando um recado claro de que não vamos aceitar a privatização da Petrobras, nem mesmo da nossa RLAM”, afirma Jairo Batista, coordenador geral do Sindipetro Bahia.
Presente no ato, o candidato ao Conselho de Administração da Petrobrás, Felipe Homero Pontes, que é apoiado pelo Sindipetro Bahia, classificou a intenção de privatização da Petrobras e da RLAM como um crime de Lesa-pátria.
“Isso de fato vai trazer um malefício para a região, aonde a empresa que pode vir a comprar, mas que não vamos deixar, vai se concentrar apenas no lucro e não na independência energética, na soberania, na empregabilidade e na política de conteúdo local tanto nacional, quanto regional”, comenta.
O diretor da FUP, Deivid Bacelar, fez um balanço do ato e disse que a presença da categoria fez com que a manifestação fosse significativa.
“Nós resistiremos até as últimas consequências para evitar que a RLAM, que é a primeira da Petrobras no Brasil, seja entregue a outros países. Não faz sentido algum, um governo que se diz patriota, entregar para outros países, uma empresa tão estratégica para o Brasil”.
Radiovaldo Costa, diretor do Sindipetro Bahia motiva a categoria após o ato.
“Cabe aos trabalhadores da Petrobras resistirem a essa conjuntura adversa e enfrentar tanto a direção da Petrobras, quanto ao governo, que tem adotado medidas e posturas anti-trabalhador, anti-povo e anti-soberania. O povo brasileiro precisa entender que esse é um momento de unidade e de luta para garantir os nossos direitos e garantir que as empresas públicas continuem a atender os interesses da nação”, conclui.
Também estiveram presentes: Siticcan, Associação de Pescadores, Aquicultores e Marisqueiras de São Francisco do Conde e região da Bahia, Associação de Pescadores, Marisqueiras, Psicutores e Maricultores de Madre de Deus, Sindipetro NF, Sindipetro Unificado Paulista, Sindipetro Espírito Santo, Sindipetro Caxias.
[Via Sindipetro Bahia]