Uma mobilização, no Trevo da Resistência, que dá acesso à Refinaria Landulpho Alves, reuniu na manhã dessa quinta-feira (24) a diretoria do Sindipetro Bahia, trabalhadores e trabalhadoras da RLAM, Temadre e Termobahia.
O protesto foi contra os preços dos combustíveis e a privatização da Petrobrás. Participaram também representantes do SITICCAN, SENGE, MPA, LEVANTE e CUT-BA, além de caminhoneiros.
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, a greve dos caminhoneiros veio “escancarar uma realidade que já estava sendo denunciada pela FUP e Sindipetro Bahia, e a mídia preferiu ignorar, que são os danos causados pela política de preços implementada pela atual gestão da Petrobrás, que segue a lógica do mercado, ignorando o consumidor final. Portanto, podemos afirmar que Pedro Parente e Temer são os culpados pelo aumento exorbitante do preço dos combustíveis”.
Durante a mobilização, foi denunciada também a redução na carga de operação das refinarias da Petrobrás, o que está facilitando a importação de derivados como gasolina, diesel e nafta de outros países, principalmente dos EUA. “As distribuidoras estão fazendo a festa e ganhando muito dinheiro com a política da atual gestão da empresa. Enquanto isso a Petrobrás é prejudicada, pois está perdendo participação no mercado”, lamentou Deyvid, citando o caso da RLAM, que hoje trabalha com apenas 53% da sua capacidade.
“Hoje pagamos quase R$5,00 pelo litro do combustível. Se a Petrobrás for privatizada, pagaremos ainda mais, porque o preço do barril do petróleo tende a continuar subindo”, afirmou Deyvid.
Para ele “não há qualquer possibilidade de uma empresa como a Petrobrás agir voltada apenas ao mercado, sem responsabilidade social, sem pensar na população. O caos instalado no país é uma prova disso. Por isso, apoiamos a greve dos caminhoneiros e nos mantemos firmes na luta contra a privatização do Sistema Petrobrás”.
[Via Sindipetro-BA]