A bomba relógio não decepcionou. Funcionou perfeitamente. Como denunciado em 24 de fevereiro aqui no site do Sindipetro-NF, e alertado pelos sindicatos que representam mestres de cabotagem, oficiais de náutica e marinheiros desde 2020, as plataformas da Bacia de Campos estão, desde o fim de semana, expostas a grande vulnerabilidade em razão da falta destes profissionais. Em um dos casos mais graves, a P-15, não há neste momento nenhum profissional da área a bordo, com previsão de embarque apenas no início da tarde de hoje.
No último dia 13 terminou o contrato com a empresa Lighthouse, que presta serviço nestas funções, e todos e todas estão sendo desembarcados. A nova empresa, Infotec, demonstrou dificuldades em reunir toda mão de obra qualificada para fazer a reposição, e ainda está embarcando trabalhadores. De acordo com relatos dos petroleiros, muitos deles sem experiência na área de petróleo.
A categoria também denuncia que as condições rebaixadas de salários e benefícios oferecidas pela nova empresa está provocando a dificuldade de encontrar profissionais, que são altamente especializados. Os novos marinheiros estão embarcando com salários e benefícios menores do que os praticados no contrato que expirou no dia 13.
A situação é gravíssima, pois estes profissionais são essenciais para a manutenção da segurança das unidades. As normas determinam, inclusive, que toda a força de trabalho seja desembarcada e a produção paralisada em caso de ausência de marítimos a bordo. Por esta razão, o sindicato denunciou o caso à Marinha e ao Ministério Público do Trabalho.
Como denunciado pelo NF e demais entidades, 22 plataformas estão atingidas, envolvendo 115 vagas de mestres de cabotagem, oficiais de náutica e marinheiros. O sindicato continua atento ao problema, fazendo cobranças a Petrobrás e reforçando as denúncias junto aos órgãos fiscalizadores, em sintonia com os sindicatos que representam a categoria.
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[Da imprensa do Sindipetro-NF]