Petroleiros atrasam jornada de trabalho em defesa da Educação

Petroleiros das refinarias de Paulínia e de Capuava, em Mauá atrasaram em cerca de duas horas o início da jornada de trabalho na manhã desta quarta-feira (15), em apoio ao Dia Nacional de Greve na Educação. Os sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) promoveram mobilizações em todos o país, em protesto ao corte de investimentos na educação, à precarização das instituições públicas de ensino, à reforma da Previdência e às tentativas do governo de privatizar a Petrobrás.

Os atos da base do Sindipetro Unificado-SP aconteceram na porta da Replan e da Recap e tiveram a participação de trabalhadores próprios e terceirizados, professores e representantes de outras categorias. O professor da rede pública de ensino de Mauá André Sapanos denunciou o sucateamento das escolas da rede estadual de São Paulo e a ameaça que representa a reforma da Previdência.
“Essa reforma é um brutal ataque a todos os trabalhadores do Brasil. É uma proposta que defende os interesses dos banqueiros, pois são eles que vão lucrar cada vez mais com o sistema de capitalização que Jair Bolsonaro quer implantar no país”, comentou o professor.

O coordenador do Unificado, Juliano Deptula, alertou sobre os ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo e reforçou a importância da resistência e união nesse momento de retrocessos. “Só nos resta um caminho para fazer esse governo recuar, que é um caminho que a gente já conhece há muito tempo, a luta. Quando o trabalhador está unido, a burguesia corre”, afirmou.
Para o diretor sindical Jorge Nascimento, o desmonte da educação é uma das estratégias do governo Bolsonaro. “Torna-se mais fácil governar um país quando se mantem sua população na ignorância, porque uma sociedade com educação pode derrubar um governo”, declarou.

Greve geral

O movimento desta quarta-feira, que ganhou força em todo o país, é um “esquenta” para a greve geral, convocada em conjunto pelas centrais sindicais, marcada para o dia 14 junho, contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro.

“Esse governo, inimigo do trabalhador, quer desmontar a educação, privatizar as estatais, acabar com a aposentadoria e a saúde pública e destruir os direitos trabalhistas. Só que nós não vamos deixar. Vamos lutar até o fim para barrar esses desmandos e restabelecer a democracia brasileira”, destacou o dirigente do Unificado Luiz Felipe Grubba.

[Via Sindipetro Unificado de São Paulo]