A partir das 15h30 as centrais sindicais, movimentos pela reforma agrária (MST) e pela moradia fazem concentração na Cinelândia, no Rio, seguindo em passeata até a Firjan, a Federação estadual das indústrias.
Ninguém entrou para trabalhar na UTE Barbosa Lima Sobrinho, a termelétrica da Petrobras situada na Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, Rio de Janeiro. A paralisação marca o protesto contra o PL3340/04. O projeto legaliza a terceirização do trabalho em todas as atividades e representa brutal retrocesso nos direitos trabalhistas, na avaliação das principais centrais sindicais do país. A unidade faz parte da base sindical do Sindipetro-RJ.
A UTE Barbosa Lima Sobrinho faz parte do o Sistema Interligado Nacional (SIN). A usina foi projetada para elevar Seropédica à condição de um dos maiores produtores de energia elétrica do país. Até o final da implantação, prevista para os próximos anos, chegará a quase 8 mil megawatts de capacidade instalada – o que significa 18% da geração termoelétrica no Brasil.
Trabalhadores do Comperj fecham a Washington Luís
No Estado do Rio de Janeiro, a Refinaria de Duque de Caxias (REDUC) atrasou a entrada do expediente. Já os trabalhadores demitidos do Comperj participaram dos protestos fechando a Rodovia Washington Luís durante duas horas, de 7 às 9h, o que provocou um engarrafamento quilométrico. A mobilização foi organizada pelo movimento SOS Emprego, pela retomada das obras no Complexo Petroquímico. Na Bacia de Campos e em outros estados também acontecem paralisações, protestos e passeatas.
Lula compara terceirização a “mão de obra quase escrava”
Ontem (14), durante o 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a classe trabalhadora não pode permitir a aprovação do projeto de lei que revê os critérios da terceirização no país para evitar que ‘as empresas passem a utilizar mão de obra quase escrava como no século passado’.Dirigentes sindicais de diferentes países fizeram uma manifestação contra o 4330, o projeto da terceirização total que, se aprovado, reduzirá drasticamente os salários e provocará uma onda de demissões.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias