Petroleiros acidentados dão testemunhos em manifestação

Petroleiros que sofreram acidentes na Bacia de Campos participam hoje dos protestos do Sindipetro-NF para marcar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes…





Sindipetro NF

Petroleiros que sofreram acidentes na Bacia de Campos participam hoje dos protestos do Sindipetro-NF para marcar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes. Eles estão, nesta manhã, dando seus testemunhos no Heliporto do Farol de São Thomé e no Aeroporto de Macaé. Um deles, Luiz Maurício Pereira de Medeiros, 44 anos, sofreu esmagamento de medula e perdeu os movimentos das pernas.

O acidente que deixou Medeiros em uma cadeira de rodas aconteceu em março de 1997. Homem de área, ele trabalhava para a empresa Renav na P-23 quando um tubo se deslocou e esmagou a sua coluna. Ele também sofreu esmagamento do pulmão e teve ainda como sequela a formação de uma hipertensão arterial.

Somente na Justiça o petroleiro conseguiu o reconhecimento da responsabilidade da Petrobrás no acidente. A companhia foi condenada a pagar uma pensão mensal ao trabalhador.

Outro petroleiro que participa dos protestos de hoje, Fabrício Costa Fonseca, 41 anos, sofreu amputação de parte do dedo médio da mão direita. A acidente aconteceu em maio de 2009, no navio NS-21, quando atuava como guindasteiro. Funcionário da Brasdril, Fonseca, por ser cipista, ainda está ligado à empresa, que paga regularmente seu salário e mantém o plano de saúde. O futuro de indefinição, no entanto, assusta o trabalhador. Seu acidente também envolveu a movimentação de tubo.

Em um navio da Transocean, Dimas Francisco da Fonseca, 44 anos, lesionou gravemente a coluna quando foi tentar levantar um equipamento, ajudando a um colega. Ele ficou sem andar por mais de um ano e teve que fazer cirurgia para colocar oito pinos na coluna. Atualmente desempregado, o trabalhador sobrevive de aulas particulares de inglês.