Petroleiro internado há 22 dias aguarda autorização da AMS para cirurgia de ponte de safena

A FUP e seus sindicatos têm cobrado mudanças imediatas na gestão da AMS e exigido que a Petrobrás priorize esta questão…





Imprensa da FUP

A história que estamos registrando é verídica e, lamentavelmente, poderia acontecer com qualquer trabalhador do Sistema Petrobrás. O personagem desta história é Antonio José Christino Piorro, técnico de administração do Terminal de Campos Elíseos, em Duque de Caxias. Aos 50 anos, ele jamais pensou que um dia ficaria refém da burocracia de um plano de assistência médica, administrado pela maior empresa brasileira.  Este petroleiro está internado desde o dia 21 de junho, aguardando a AMS autorizar uma cirurgia para implante de três pontes de safena. O procedimento foi marcado e remarcado por seu cardiologista, mas teve quer ser cancelado nas duas vezes, em conseqüência de erros grosseiros no Sistema da AMS, que não localizava o pedido de autorização feito pelo Hospital Mário Lioni, onde o trabalhador está internado, em estado grave.

Antônio José já não sabia mais o que fazer, quando seus companheiros de trabalho entraram em contato com o Sindipetro Duque de Caxias, que, junto com a FUP, acionaram imediatamente as gerências da Petrobrás em busca de uma solução. Durante três dias, os dirigentes sindicais testemunharam a ineficiência de um sistema caótico, que está transformando a AMS numa via crucis, que coloca em risco os trabalhadores e seus familiares. Somente no dia 07, dezesseis dias após o pedido de autorização para a cirurgia do petroleiro, a AMS localizou e deferiu o pedido feito pelo hospital. E mesmo assim, foi preciso que a FUP e o Sindipetro Caxias interferissem para que a autorização ocorresse. Um procedimento que deveria ser imediato, principalmente no caso de uma cirurgia cardíaca. Em conseqüência desta ineficiência, a cirurgia de Antônio José só foi realizada nesta segunda-feira, 11 de julho, 21 dias após ele ter sido internado.

Caso como o deste petroleiro coloca em xeque a credibilidade da AMS e a sua própria finalidade, que é zelar pela saúde dos petroleiros e de suas famílias. É inadmissível que a Petrobrás trate com descaso um dos mais importantes benefícios do trabalhador, que, além de correr riscos diários de acidentes de trabalho, agora também tem que rezar para não ficar doente. A FUP e seus sindicatos têm cobrado mudanças imediatas na gestão da AMS e exigido que a Petrobrás priorize esta questão. Mas, pelo que tudo indica, a empresa está apostando no sucateamento do benefício. Os petroleiros não permitirão.

Doação de sangue

Antônio José Christino Piorro precisa de  20 bolsas de sangue para que sua cirurgia se realize com segurança. As doações podem ser feitas até às 16 horas de sábado e até às 12 horas de segunda-feira, no Hospital Mário Lioni, localizado na Rua Barão de Tefé, Lote 26, Quadra 59, no bairro 25 de Agosto, em Duque de Caxias. Maiores informações pelo telefone 2671-7091, 3673-7788 e 2671-3326.