Começa nesta sexta-feira, 27, em Natal, no Rio Grande do Norte, o 6º Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras da FUP, que prossegue até domingo. Com o tema central “Mulheres na luta pela democracia”, as trabalhadoras analisarão a conjuntura nacional e internacional, tendo como pontos de debate a retirada de direitos e os ataques à democracia.
A geopolítica do petróleo também estará na pauta do Encontro, bem como questões raciais, violência e feminicídio, participação das mulheres nas lutas política e sindical, educação para a igualdade, entre outras temáticas.
“O evento contará com uma agenda intensa de atividades para fomentar a reflexão e a construção das mudanças necessárias a serem realizadas em nossa sociedade, tanto no âmbito do trabalho e no sindicalismo para que cheguemos à igualdade”, destaca Rosângela Maria, diretora da FUP e coordenadora do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras.
O Encontro pretende reunir aproximadamente 70 petroleiras e petroleiros, entre dirigentes sindicais e trabalhadores da base. Embora o público alvo sejam mulheres, a atividade é aberta aos homens. “Debateremos desde enfrentamentos às Reformas da Previdência e Trabalhista, a questões como sexualidade, controle sobre os corpos e organização dos coletivos de mulheres”, explica Rosângela, destacando a importância de todos os sindicatos estarem presentes ao evento, com representações.
Homenagem a Nísia Floresta
A luta das mulheres contra a opressão e pela emancipação feminina sempre foi a luta por direitos. As mulheres lutam por direito à liberdade, ao estudo, ao trabalho, á ter direitos. Suas lutas, ao longo da história, se entrelaçam com as lutas de toda a sociedade por liberdade e por democracia. Neste sentido, o 6º Encontro das Mulheres Petroleiras da FUP destacará a importância de Dionísia Gonçalves Pinto, a Nísia Floresta, para as lutas feministas.
Nascida em Natal, ela viveu entre 1810 e 1885 e é considerada a primeira feminista brasileira. Nísia Floresta escreveu 15 livros, defendendo os direitos das mulheres, dos índios e dos escravos. Ela também participou ativamente das campanhas abolicionista e republicana. À frente de seu teu tempo, Nísia Floresta defendeu o direito das mulheres à educação científica e, aos 28 anos, fundou uma escola só para meninas.
PROGRAMAÇÃO DO 6º ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES PETROLEIRAS
Dia 27/04
14h – Recepção das delegadas e início do credenciamento
15h – Lanche
18h – Solenidade de Abertura – com homenagens a Nísia Floresta e às petroleiras Davina e Olga
19h – ato político
21h – jantar
Dia 28/04
09h – Atividade musical
10h – Os impactos do PNG 2016/2020 da Petrobras na região nordeste
11h – Debate
12h – Almoço
13h30 – Apresentação teatral sobre Tereza de Benguela
14h30 – O impacto da redução das liberdades democráticas na vida das mulheres brasileiras
15h20 – Debate
17h – Visita ao centro histórico de Natal
20h – Confraternização
Dia 29/04
09h – Dinâmica de integração
09h30 – Balanço das atividades do CNMP-FUP
10h – A pauta das mulheres para o PLENAFUP
12h – Encerramento
[FUP]