Petrobrás x Petrobrax – Uma comparação necessária

No primeiro debate do segundo turno promovido pela Rede Bandeirantes, o candidato José Serra, prometeu "estatizar" a Petrobrás…





Sindipetro SP

No primeiro debate do segundo turno promovido pela Rede Bandeirantes, o candidato José Serra, prometeu "estatizar" a Petrobrás e diversas outras empresas públicas. Serra é um dos principais líderes de seu partido, foi ministro do Planejamento de Fernando Henrique e um dos arquitetos da política de privatização.

Nos oito anos de governo FHC, a Petrobrás foi fatiada em Unidades de Negócio (UN), teve cortes profundos em seu orçamento, seu efetivo foi reduzido para 32 mil pessoas, diversos direitos trabalhistas foram suprimidos e o governo ainda tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax, em clara intenção de privatizá-la. 

José Serra foi um dos principais "pensadores" desse modelo, responsável pelo desmonte da companhia e pelos maiores desastres ambientais da história da Petrobrás. Entre 1975 e 1994 (20 anos), a Petrobrás foi responsável por 9 desastres ambientais. Entre 1995 e 2002 (8 anos do governo FHC), a empresa registrou 29 desastres, entre eles o afundamento da Plataforma P 36, que provocou a morte de 11 petroleiros.

O governo Lula resgatou a Petrobrás do fundo do poço e a transformou em uma das maiores empresas do mundo, responsável pela  descoberta do pré-sal, a grande reserva de óleo e gás que poderá garantir a passagem do Brasil para o Primeiro Mundo.

O Sindipetro Unificado-SP preparou uma edição especial de seu jornal, com dados e análises dos dois períodos recentes do país: oito anos de FHC e oito anos de Lula. Por mais crítico que o movimento sindical seja em relação a diversos aspectos do atual governo na gestão da Petrobrás, das ainda enorme falta de segurança na empresa, da manutenção dos leilões e políticas retrógradas na relação de trabalho, não há grau de comparação entre os dois períodos. Com FHC/Serra, lutávamos pela sobrevivência da empresa e de nossos empregos; com Lula, lutamos para avançar ainda mais nas conquistas que obtivemos.

Os tucanos não se cansaram de tentar, nos oitos anos de governo Lula, destruir a Petrobrás; jornais, revistas e internet contêm farto material de consulta. Paulo Renato, ministro da Educação de FHC e deputado federal, entrou com representação em 28/08/2007 contra a Petrobrás porque a empresa descumpria o Plano Nacional de Desestatização ao se tornar mais sólida e pública (http://www.paulorenatosouza.com.br/discursonoticia.asp?id=14).

Recentemente, David Zilbersztajn, genro de FHC, ex-presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e principal assessor de Serra na área energética disse que o PSDB pretende rever a lei do pré-sal para oferecer essa riqueza a empresas estrangeiras. No debate da TV Bandeirantes, Serra tentou desqualificar as afirmações de seu assessor. Uma eventual eleição de Serra representaria um perigo para a Petrobrás e ameça à soberania do Brasil no campo energético.

A Diretoria do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo vem a público afirmar que José Serra mentiu no passado e mente no presente, ele e seu partido sempre defenderam a privatização da Petrobrás e nos últimos 16 anos, como governo e como oposição, não mediram esforços para tentar vender a empresa e entregar as riquezas do povo brasileiro, como fizeram com a Vale do Rio Doce.

Leia aqui a íntegra do jornal do Sindipetro Unificado-SP, que compara dois modelos de gestão, dois modelos de desenvolvimento e duas visões de país, que foram testadas por oito anos. Temos a convicção de que os petroleiros e petroleiras e a maioria da população saberá identificar o que é melhor para o Brasil que queremos construir.