Ao mesmo tempo em que a Petrobras e multinacional estatal norueguesa, Equinor, demonstram o quanto o campo de Roncador, que fica na Bacia de Campos, é rentável, os principais responsáveis por retirar esta riqueza do subsolo marinho, refletem sobre os custos de troca de suas passagens de retorno para casa. Esse foi o dilema vivido pelos profissionais das Plataformas P-52 e P-62, além de outras plataformas, com relação aos voos de troca de turma, sendo transferidos dia após dia, um problema recorrente.
Ao mesmo tempo em que os trabalhadores assistem ao relato de investimentos, empenho no aumento de produção e redução de custos, se deparam com as passagens de retorno para casa, custando o dobro do valor. Certamente os trabalhadores indagam e questionam se nessa redução de custos está computado o valor de suas passagens. Será que estes valores afetariam esses índices? Eis a questão!
“Sabemos que não, e mais que isso, esse prejuízo amargado pelos trabalhadores é de responsabilidade da gestão dos parceiros Equinor e Petrobras. Que por criação do chamado Pool de Roncador, que tanto desagrada os trabalhadores pelas limitações que impõe sobre a quantidade e mobilidade das aeronaves disponíveis para o ativo”, disse Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde e Segurança do SindiPetro-NF, reforçando que, por tais fatos, a representação sindical dos trabalhadores, corrobora a solicitação já feita anteriormente através de ofícios e reuniões, para que a empresa se responsabilize pelos custos materiais imputados aos trabalhadores.
Ontem mesmo, dia 15 de junho, houve uma cerimônia em comemoração aos 5 anos da parceria entre Petrobras e Equinor, enquanto os trabalhadores continuam angustiados, insatisfeitos e impactados com a situação que compete à falta de aeronaves para as trocas de turnos/desembarques e ressarcimento dos custos financeiros. Espera-se, que da mesma maneira que se ouvem falas de empenho e de ajuda do parceiro para o embarque de equipamentos para a manutenção da produção, haja o mesmo empenho para a manutenção dos embarques e desembarques dos trabalhadores e manutenção do convívio com suas famílias. O valor imaterial, que não é reembolsável, certamente é o que mais causa prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras e das empresas contratadas terceirizadas.
[Da imprensa do Sindipetro NF]