Petrobrás Transporte: FUP e sindicatos cobram mudanças no regime de trabalho da malha do gás

Nos últimos anos, com a ampliação da malha do gás, os trabalhadores da Transpetro…





Imprensa da FUP

Nos últimos anos, com a ampliação da malha do gás, os trabalhadores da Transpetro que atuam na manutenção, operação e acompanhamento dos novos empreendimentos dos gasodutos passaram a sofrer sérias distorções no regime de trabalho.  Como atuam em regime administrativo, com sobreaviso parcial, os petroleiros sofrem com sobrecarga de trabalho excessiva e, na maioria das vezes, sem folgas, já que o sobreaviso quase sempre ultrapassa o limite de 144 horas mensais, ferindo o Acordo Coletivo. Diante desta demanda, a FUP e seus sindicatos vêm mobilizando os trabalhadores, através de operações padrão, para pressionar a Transpetro a corrigir esta situação.

Em fevereiro deste ano, a Federação, através do Sindipetro Caxias, obteve sua primeira vitória ao garantir um termo aditivo ao Acordo Coletivo da Transpetro, onde a subsidiária se propõe a alterar o regime dos trabalhadores que atuam na malha do gás. O documento estabelece que empregados em trabalho de manutenção e acompanhamento de novas instalações dos gasodutos terão a garantia de que a cada dia trabalhado, num total de 12 horas, gozarão de um dia e meio de folga (1×1,5). Além disso, o acordo estabelece um THM (Total de Horas Mensais) de 168 horas, garantindo também o intervalo de uma hora para repouso e alimentação.

O Termo Aditivo também garantiu a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, com participação de representantes dos sindicatos, para discutir mudanças estruturais no regime de trabalho da malha do gás. O grupo foi criado em fevereiro, com prazo de 180 dias para construir uma proposta que contemple a realidade destes trabalhadores. O grupo de trabalho ainda não concluiu a proposta e, diante disto, a FUP cobrou na segunda-feira, 13/09, a renovação do termo aditivo por mais 180 dias e sua extensão para toda a malha do gás no Brasil, já que o acordo só fazia referência às malhas do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A FUP, portanto, orienta os sindicatos a fiscalizarem e exigirem o cumprimento deste Termo Aditivo, garantindo, assim, o direito dos trabalhadores às folgas.