Reunião deixou novamente evidente que a empresa quer usufruir dos benefícios do teletrabalho, garantindo flexibilidade para os gestores e deixando a insegurança para os trabalhadores
[Da imprensa da FUP]
Representantes da FUP participaram nesta quinta-feira, 28, de mais uma reunião com a gestão da Petrobrás para dar sequência à discussão que vem sendo feita no GT do Teletrabalho. As reuniões têm sido realizadas quinzenalmente, desde que o GT foi retomado, no dia 15 de setembro.
A Petrobrás respondeu as pendências da última reunião, onde a FUP questionou a divergência entre os termos do modelo híbrido de teletrabalho que foram apresentados à categoria e o padrão que está sendo aplicado, cobrou os critérios adotados nas unidades de refino e comunicação prévia em caso de alteração no dia fixo de trabalho.
Em relação ao primeiro ponto, a FUP questiona o fato de de que, pelo padrão, os dias presenciais podem ser negociados, mas o termo diz que os dias serão definidos pelo gestor. Os representantes da Petrobrás informaram que, preferencialmente, deve haver negociação, mas em caso de não haver consenso, o gestor indicaria os dias de teletrabalho e atividade presencial. A empresa informou que vai ser feita essa observação nos documentos e a FUP cobrou que a redação seja apresentada às representações sindicais na próxima reunião.
Quanto à falta de padronização dos critérios para realização do teletrabalho nas unidades operacionais, especialmente no refino, o RH alegou que a definição sobre trabalho remoto é uma atribuição do gerente titular, levando em consideração o critério do imóvel e o perfil do empregado. A FUP questionou, alegando que essa forma “solta”, sem padronização, deixa os trabalhadores ainda mais inseguros.
Em relação à convocação para trabalho presencial fora dos dias fixos acordados, a FUP cobrou que haja uma comunicação com 24 horas de antecedência. O RH informou que a recomendação é que a escala dos dias de trabalho remoto e presencial seja feita da forma mais planejada possível, mas alegou, no entanto, que não há como “engessar” essa orientação em documentos pois tiraria a “flexibilidade” da empresa. A FUP questionou como será feito isso e o RH respondeu que será por orientação nos canais sobre o teletrabalho nas plataformas Teams e Workplace, mas ficou de demonstrar, na próxima reunião, que efetivamente passou essa orientação aos gestores.
“Mais uma vez, fica evidente que a Petrobrás quer usufruir dos benefícios do teletrabalho, tendo toda a flexibilidade, deixando a insegurança para os trabalhadores”, ressalta a diretora da FUP, Miriam Cabreira.