FUP
Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os petroleiros reforçaram nesta segunda-feira, 09, as mobilizações por uma PLR transparente, democrática e justa. De norte a sul do país, os trabalhadores atrasaram o expediente, reafirmando a indignação com a Petrobrás, que, na reunião de hoje a tarde com a FUP, não apresentou qualquer alternativa para a construção de uma nova proposta de quitação da PLR 2011.
Como já havia anunciado na semana passada, no documento que agendou a reunião com a Federação, a empresa reafirmou que ainda não tem uma nova proposta para apresentar à categoria e ainda tentou justificar o valor reduzido da primeira proposta que foi massivamente rejeitada pelos petroleiros. A Gerência de RH da Petrobrás declarou que segue os mesmos critérios de provisionamento dos últimos anos, cumprindo a orientação do Dest, que limita os valores a 4,5% do lucro líquido obtido pela empresa.
A FUP criticou a resistência da Petrobrás em negociar critérios justos e democráticos de regramento das PLRs, inclusive do provisionamento. Mesmo tendo apresentado um lucro menor em 2011, comparativamente a 2010, a empresa elevou em 2,3% os dividendos dos acionistas e reduziu em 7,8% o montante da PLR dos trabalhadores. A FUP reiterou a contraproposta aprovada pelos sindicatos no Conselho Deliberativo, que cobra da empresa igualdade de tratamento para os trabalhadores. Ou seja, que a PLR 2011 seja corrigida na mesma proporção dos dividendos: 2,3% a mais do que a foi paga em 2010.
A FUP encaminhou a contraproposta ao RH da Petrobrás e das subsidiárias e informou que já cobrou uma reunião com a presidente Maria das Graças Foster para discutir a reivindicação dos trabalhadores. O Conselho Deliberativo estabeleceu prazo até quinta-feira, 12, para que a empresa se posicione e assembléias a partir de sexta-feira, 13, para que a categoria avalie o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 20.
Petroleiros atrasam o expediente
Para protestar contra o desrespeito da Petrobrás, trabalhadores de norte a sul do país atrasaram a entrada do expediente desta segunda-feira, 09, aderindo às mobilizações organizadas pelos sindicatos. Na Reman (AM), Regap (MG), Refap (RS), Replan (Campinas), Recap (Mauá) e Repar (PR), houve atrasos de duas horas, com participação da ampla maioria dos trabalhadores do turno e do setor administrativo.
No Paraná, houve manifestações também no Terminal de Paranaguá e novas mobilizações ocorrem até quinta-feira (12), prazo estabelecido pelo Conselho Deliberativo para que a Petrobrás se posicione em relação à contraproposta dos trabalhadores. Em Pernambuco, a mobilização foi realizada no Terminal de Suape e prossegue ao longo da semana, com indicativos de emissão de PT única e operação padrão. As mobilizações também continuam amanhã em Minas Gerais, na Regap e na usina de biodíesel de Montes Claros, e na quarta-feira, na termoelétrica.
Os petroleiros baianos protestaram contra o desrespeito da Petrobrás, atrasando os ônibus que levavam os trabalhadores para as unidades de Salvador. A mobilização atingiu cerca de dois mil petroleiros. No Espírito Santo, houve mobilização na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), e No Rio Grande do Norte, o sindicato realizou reuniões setoriais com os trabalhadores da sede da Petrobrás em Natal. Em Duque de Caixas, a mobilização desta segunda foi cancelada devido à forte chuva que atingiu o município.
