Petrobrás libera ao mercado dados de campos exploratórios no Ceará

Parte do desmonte da Petrobras no Estado do Ceará, a venda dos poços de petróleo em terras cearenses chegou a uma nova fase nessa sexta-feira (2), segundo informou a estatal. Agora, “os interessados habilitados na fase anterior para cada conjunto de campos terrestres terão acesso a um data room virtual contendo mais informações sobre esses campos, além de instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes”.

Ao todo, são cinco conjuntos de campos terrestres de petróleo: Polos Fazenda Belém, Macau, Sergipe Terra 1, Sergipe Terra 2 e Sergipe Terra 3. As áreas estão localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe, conforme comunicado da Petrobras.

O processo de desmonte da estatal no Ceará ainda conta com o cancelamento da refinaria de petróleo, a desativação da Usina de Biodiesel de Quixadá e mais vendas de poços.

Exploração em mar

Com as garantias previstas para serem entregues até 8 de março, os 12 blocos de petróleo em mar localizados no Ceará são os que estão em estágio avançado de venda. Ao todo, eles devem movimentar R$ 54 milhões no leilão esperado para 29 de março, segundo processo conduzidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). A 15ª Rodada vai oferecer, no total, 70 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná, totalizando 95,5 mil quilômetros quadrados de área.

Sobre o valor mínimo para a concessão, destaca-se a bacia de Santos, que possui dois dos oito blocos com montantes de R$ 1,9 bilhões e R$ 1,6 bilhões. Campos também se sobressai, com dois dos nove blocos de R$ 412,8 milhões e R$ 299,1 milhões. A etapa marítima também inclui 13 blocos nas bacias Potiguar e sete na Sergipe-Alagoas. Já a etapa terrestre envolverá áreas nas bacias do Paraná (13) e do Paranaíba (oito). O dinheiro arrecadado com o leilão deve ser aplicado pela ANP na prospecção de novas tecnologias e no fomento de pesquisa pelas companhias nacionais de petróleo.

Sobre os interessados em explorar a bacia do Ceará, especialistas destacam que as empresas internacionais terão participação marcante, como Shell, British Petroleum, e ExxonMobil, que estão procurando novas áreas de prospecção no Brasil, e uma dessas áreas certamente será no nosso litoral”.

[Via Diário do Nordeste]