A informação da venda do Esbras (Edíficio Sede de Brasília), que circulou internamente na Petrobrás e chegou ao conhecimento dos trabalhadores, causou grande preocupação para a categoria, principalmente, por conta da possibilidade de transferências para outros estados.
Em contato com o Sindipetro-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo), porém, a empresa apontou que um novo escritório na capital federal será disponibilizado, conforme explicou a diretora do Unificado Cibele Vieira.
“Eles informaram que irao contratar um espaço em modelo coworking (compartilhamento de local de trabalho), como acontece em São Paulo, e garantiram que haverá vagas para todos. Nossa preocupação agora é que esse local tenha segurança e conforto para abrigar os petroleiros”, disse.
Cibele ressalta ainda que a empresa se comprometeu a fazer um comunicado oficial sobre a continuidade das atividades em Brasília.
Também esta sendo analisada a possibilidade de abrirem vagas para teletrabalho, mas conforme informação do RH jurídico, caso isso ocorra, a adesão não será obrigatória, muito menos implicará em demissão ou transferência.
“Atualmente, o modelo de teletrabalho da Petrobrás é três dias por semana, então, de qualquer forma, precisam manter uma unidade para os trabalhadores nos dias que não estiverem trabalhando de casa”, analisou a dirigente.
Diretor de base do Unificado em Brasília, Guilherme Carvalho, comentou a apreensão que a noticia do fechamento causa na categoria neste momento de pandemia, enquanto a companhia não indica os rumos que adotará.
“Estamos todos trabalhando remotamente, de casa, e antes do vírus já havia essa sombra no ar, de que a Petrobrás poderia aproveitar esse momento para fazer a venda. A expectativa é ruim, então, precisamos que a direção se coloque oficialmente sobre esse caso”, disse.
Compromisso
A redução de escritórios faz parte da nova política da Petrobrás de diminuição dos custos. A informação sobre a venda do Esbras, escritório que hoje tem dois andares ocupados e representa um valor alto segundo a avaliação da empresa, já circulava nos bastidores.
O maior temor da categoria é a transferência arbitrária de petroleiros, que se tornou comum na gestão Castello Branco, um seguidor exemplar do modelo autoritário implementado na empresa após a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido).
O sindicato, porém, manterá a mobilização para que todo o pessoal, diretos e terceiros, seja absorvido nesse novo formato e que todos os compromissos assumidos pelo RH corporativo sejam cumpridos.
[Via Sindipetro Unificado]