Petrobrás fecha os olhos para calotes das terceirizadas

Fundo garantidor do pagamento das verbas rescisórias ainda está no papel…





Imprensa da FUP

Enquanto a Petrobrás cozinha em banho-maria a implementação de um fundo para garantir o pagamento das verbas rescisórias dos terceirizados, as prestadoras de serviço seguem lesando os trabalhadores, que já sofrem diariamente os riscos de atuarem em condições de trabalho precárias e inseguras. A FUP e os sindicatos têm denunciado à Petrobrás os calotes praticados por empresas que já são figurinhas carimbadas na arte de enganar os trabalhadores e desrespeitar a legislação trabalhista.

A história é a mesma: homologações atrasadas há mais de 60 dias, falta de pagamento do FGTS, atrasos de salários, descumprimentos de benefícios, abandono de contratos, entre tantas outras irregularidades. É o que tem acontecido em Santa Catarina, com a empresa WGS; no Espírito Santo, com a Drillfor, Sotep, Prest, BCH e Proen; no Rio Grande do Norte, com a Norserv, Eletroredes, ABTN, PIE, Prest e Sotep; e em vários outros estados onde a Petrobrás atua e assiste a tudo sem nada fazer para impedir esses absurdos.

Fundo garantidor ainda está no papel

Uma das conquistas da campanha reivindicatória do ano passado foi o compromisso da Petrobrás em criar um fundo para garantir o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados. No entanto, até hoje esta conquista não foi implementada pela empresa e será novamente cobrada pela FUP na reunião preliminar da campanha salarial deste ano. O fundo é um instrumento fundamental para evitar o descumprimento de direitos trabalhistas e os frequentes calotes aplicados pelas contratadas.  Na primeira reunião deste ano da Comissão de Terceirização (ocorrida no dia 22/03), a FUP anunciou que só volta a participar da comissão se a empresa apresentar ações concretas para implementação do fundo.