Sindipetro-RN
O que se apresentava como especulação acabou se concretizando. Sem qualquer escrúpulo, a direção da Petrobrás criou uma nova gerência na Construção de Poços Terrestres – CPT – para acomodar interesses particulares de apadrinhados de políticos norte-riograndenses. Em nome da categoria petroleira, a Diretoria do SINDIPETRO-RN repudia veementemente esse tipo de atitude, que trata a Petrobrás como um mero “cabide de empregos”.
A contradição é flagrante. A distância que separam a prática gerencial e o discurso de “austeridade” embutido no Programa de Otimização de Custos Operacionais é evidente. Seguindo a lógica da redução de custos “a qualquer custo”, o famigerado Procop não poupa esforços para diminuir investimentos, remanejar efetivos, subtrair direitos e ampliar a terceirização. Tudo, com a finalidade de carrear recursos para as áreas do Pré-sal. Como, então, justificar a criação de cargos no Rio Grande do Norte?
E, mais. Por que conduzir ao novo posto um ex-gerente que foi afastado devido a problemas relacionados à competência profissional e à prática de assédio moral, na Petrobrás e junto a terceiros, tendo sido, inclusive, condenado na justiça trabalhista por tal conduta?
Obviamente, não há justificativas plausíveis. Mas as explicações não são tão difíceis de serem encontradas. Basta checar os laços de parentesco e as ligações políticas do ex-gerente com figuras proeminentes da República. Resta saber que moral terão os atuais dirigentes com o novo colega…