Petrobrás conclui venda do Campo de Rabo Branco, em Carmópolis (SE)

Campo vendido faz parte da Bacia de Sergipe e Alagoas, onde a Petrobrás está se desfazendo de ativos estratégicos, como a maior área de produção terrestre do país 

[Da imprensa da FUP | Foto: divulgação]

A Petrobrás divulgou que assinou no dia 11 de dezembro o contrato de venda da sua participação no campo terrestre de Rabo Branco, em Sergipe, para a Energizzi Energias do Brasil, que pagou US$ 1,5 milhão por 50% do ativo. A outra metade pertence à empresa Petrom. A Petrobrás está de desfazendo de outras 11 concessões no estado que integram o Polo de Carmópolis, onde está localizada a maior área de produção terrestre de petróleo do Brasil, com reservas estimadas em 1,7 bilhão de barris e produção média diária de 10 mil barris de óleo e 73 mil metros cúbicos de gás.

O pacote de ativos que a Petrobrás colocou à venda em Carmópolis inclui cerca de 3.000 poços de petróleo, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás, mais de 350 quilômetros de gasodutos e oleodutos, o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), uma UPGN e uma estação de processamento de óleo, além das bases administrativas de Carmópolis, Siririzinho e Riachuelo.

A Petrobrás também está vendendo os ativos do Polo de Alagoas, que incluem seis concessões terrestres e uma de águas rasas, duas estações de tratamento (Furado e Pilar), 230 Km de gasodutos e oleodutos, a base operacional de Pilar e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, com capacidade de produzir 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

A privatização da Bacia Sergipe-Alagoas acelera a saída da Petrobrás do Nordeste, impactando profundamente a economia e os empregos da região, como a FUP e seus sindicatos vêm denunciando. “O Sistema Petrobrás está sendo desmontado em todo o país, sob a lógica da atual gestão de reduzir a empresa à produção e exportação do pré-sal, concentrando as atividades no eixo Rio-São Paulo. É fundamental que a sociedade organizada se some à campanha Petrobras Fica, denunciando as privatizações e os riscos que apresentam para a soberania nacional”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.


*Essa matéria foi corrigida e atualizada