Falta de transparência, incoerência e números confusos. Esta foi a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária dos acionistas da Petrobrás, que aconteceu ontem (25), no Rio de Janeiro. A direção da Federação Única dos Petroleiros denunciou, durante a votação da prestação de contas, que esta é uma tentativa de acobertar práticas de corrupção na empresa.
{youtube}yEUuC51G3g8{/youtube}
Ocorre que a Operação Lava-Jato deu mais prejuízo do que benefícios para a empresa. “Após celebrar o ressarcimento de R$ 3,2 bilhões com a Operação Lava-jato, percebemos que o total de prejuízos impostos à empresa pela Lava Jato, é de R$ 20,5 bilhões. O volume de recursos recuperados representa 15% do prejuízo. Além disso, o acordo assinado com as autoridades americanas não trouxe tranquilidade alguma quanto aos efeitos da Operação Lava Jato”, denunciou o diretor da FUP Deyvid Bacelar ao justificar seu voto contrário a prestação de contas. Somente neste acordão com os gringos, foram gastos R$ 11,2 bilhões em 5 ações coletivas, as chamadas class actions, na corte federal americana.
{youtube}6f9RR-rf3vE{/youtube}
Também foi questionada a falta de documentos que expliquem os motivos para o pagamento de U$ 853,2 milhões (cerca de R$ 3.11 bilhões) para encerramento das investigações das autoridades americanas, assinado em termo do acordo fechado com a SEC (Securities and Exchange Commission), DoJ (Departamento de Justiça dos Estados Unidos) e autoridades brasileiras, como o Ministério Público de Curitiba. Segundo o petroleiro Rafael Crespo, não foi possível conseguir as informações necessárias para embasar os votos: “Fomos ao endereço indicado no manual do acionista, para buscar informações, e não existiam. A solicitação de documentos por meio de e-mail não obteve resposta completa. Foi dito que atas das assembleias das reuniões do Conselho de Administração, das Reuniões das Diretorias, e Parecer do Conselho Fiscal, seriam sigilosos. Qualquer decisão ou ato tomado por esses órgãos deveriam ser públicos e de livre acesso aos acionistas desta empresa.”
{youtube}B8LwxRVEUvE{/youtube}
Para a direção da FUP ficou claro que o novo estatuto social aprovado na AGE e AGO pela atual gestão da empresa tem como objetivo facilitar, por meio de esquemas e corrupção, a privatização total da empresa, vender as refinarias rápido e barato como foi dito pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. A empresa está nas mãos não de uma quadrilha, como disse o presidente Castello Branco em carta enviada aos acionistas, ao falar sobre a venda da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos, mas da milícia que atua por trás deste governo.
{youtube}KHrqHBdu7ao{/youtube}
[FUP]