Petrobrás 63 anos: presente de aniversário é defender a companhia

 

 

A história da exploração do petróleo no Brasil é, desde o início, a história do povo brasileiro contra os entreguistas. Primeiro, diziam que o País não tinha petróleo — até laudo de técnico estrangeiro “atestou” isso. Depois, diziam que não tínhamos condições de explorar o nosso próprio petróleo. E mesmo após da criação da Petrobrás, que hoje completa 63 anos, não houve momento em que a empresa não sofresse o ataque dos que, seja em razão da síndrome de vira-lata ou seja por serem vendidos ao capital internacional, sempre quiseram ver a privatização da empresa ou até mesmo o seu fim.

Cada aniversário da companhia, portanto, é uma oportunidade para lembrar que a saga que a ergueu e a defende é permanente. E que os petroleiros têm um papel estratégico nisso.

Esta categoria tem comprovado, com o seu trabalho e com a sua atuação altiva na boa política, que são falsos todos os argumentos que procuraram enfraquecer a empresa ao longo dos anos. Agora, em momento semelhante ao vivido na década de 1990, a companhia está exposta à aplicação do receituário neoliberal de desmonte, fatiamento e venda. Mais uma vez, os petroleiros se levantam e fazem história para impedir que este ataque contra um dos maiores patrimônios e motivo de orgulho do País tenha sucesso.

São várias as frentes de luta: uma pelo pré-sal, que está na iminência de ter projeto que o entrega às multinacionais votado; outra pela valorização dos trabalhadores da própria Petrobrás e demais empresas privadas do setor; outra pela recomposição do efetivo e pela segurança no trabalho; outra contra cortes de direitos no Acordo Coletivo de Trabalho; e outra contra o golpe parlamentar que se desdobra em dezenas de outros golpes contra os brasileiros.

A Petrobrás, que já chegou a representar 13% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro nos governos Lula e Dilma — tendo saído de 3% no ano 2000 — precisa ser defendida dos seus verdadeiros algozes. Os casos de corrupção, associados a uma campanha intensa da mídia, causaram danos gravíssimos à imagem da empresa, mas todo petroleiro e petroleira sabe que, além dessa nefasta prática ser antiga na companhia, seus números são ínfimos perto da dimensão do setor e que jamais isso poderia ser apontado como causador de uma crise na empresa.

Mas é desse “argumento” hipócrita que se serve a própria gestão da companhia e o governo golpista de Mishell Temer para tentar legitimar o plano de desmonte da empresa. Os petroleiros, portanto, que conhecem a companhia por dentro, que conhecem seus números e seu potencial, sabem que a corrupção é algo que deve ser combatido sempre — em qualquer governo ou conjuntura, e que todos os culpados devem ser presos e condenados a devolver o que roubaram — mas que ela está longe de ser a razão verdadeira para os impactos sofridos nos resultados financeiros, especialmente em setor tão estratégico e envolvido em uma geopolítica internacional tão complexa.

A FUP chama a todos e todas a se manterem firmes na resistência contra os ataques sofridos pela Petrobrás. Petroleiros e militantes sociais estão em Brasília para fazer pressão contra o projeto que entrega o pré-sal. Trabalhadores estão nas bases levando adiante a Operação Para Pedro e construindo a greve. A sociedade está cada vez mais consciente de todos os aspectos e consequências do golpe contra o patrimônio brasileiro e contra os direitos trabalhistas e sociais. Há muita luta pela frente, e é preciso resistir sempre.

Viva a Petrobrás, viva os petroleiros e petroleiras. Sigamos do lado certo da trincheira.

 

VIA SINDIPETRO NF

VIA Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF
Macaé, 03 de Outubro de 2016