Uma pesquisa realizada pelo Sindipetro/MG demonstrou que os petroleiros de Minas Gerais estão rejeitando o Plano de Cargos e Remuneração (PCR), proposto unilateralmente pela Petrobrás. Até a última semana, 27,2% da categoria mineira havia assinado o PCR.
A maior parte da adesão veio de trabalhadores de nível superior, que em sua maioria são gerentes e supervisores. Nesse grupo, a adesão ao PCR é de 53,8%. Já entre os trabalhadores de nível de médio, que compõem a maior parte da força de luta contra o desmonte da Petrobrás e dos direitos trabalhistas, a adesão foi de apenas 18%.
Os números estão muito aquém do esperado pela empresa, o que tem provocado casos de assédio moral contra os petroleiros. Por isso, o Sindipetro/MG orienta aos trabalhadores que denunciem aos diretores sindicais qualquer forma de pressão de gestores pela adesão ao PCR.
A recomendação do Sindicato é que os trabalhadores não assinem o novo plano. O Sindicato entende que aderir ao PCR é abrir mão de defender coletivamente os direitos da categoria petroleira – até porque ele se utiliza de uma nova ferramenta criada pela Reforma Trabalhista do governo golpista de Michel Temer, que é a negociação individual em detrimento dos Acordos Coletivos de Trabalho.
A FUP e seus sindicatos já ingressaram com ações judiciais questionando a legalidade do Plano. A ação do Sindipetro/MG (0010719-24.2018.5.03.0027), aberta no dia 16 de julho no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pede a nulidade da alteração promovida nos contratos individuais de trabalho, a declaração de ilicitude da modalidade de “cargo amplo” e que os contratos de trabalho que foram alterados sejam restituídos ao status anterior.
[Via Sindipetro-MG]