Sindipetro RN
Atraso no pagamento de salários, inadimplência com o Plano de Saúde e descumprimento de várias cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho. Estes são os principais motivos que levaram os trabalhadores da Empercom a entrarem em greve por tempo indeterminado. O movimento foi deflagrado na madrugada desta quinta-feira, 8 de agosto, e já atinge três sondas, localizadas no Canto do Amaro, Estreito e Macau, envolvendo cerca de 200 trabalhadores.
A empresa pediu um prazo de sete dias para efetuar o pagamento dos salários, mas os trabalhadores consideraram o prazo muito longo, repercutindo sobre as contas do mês. “Tenho prestação de carro, móveis e o aluguel da minha casa para pagar, e não posso esperar mais sete dias, os juros serão altos”, disse um plataformista. A categoria também reivindica o pagamento das “dobradinhas” dos meses de janeiro e maio, e da PLR deste ano.
Agressões – Na Empercom, a lista de agressões aos direitos do trabalhador é grande. Inclui desvios de função; não pagamento de dobradinhas e da Participação nos Lucros; desconto salarial de dias justificados com atestado médico; descumprimento da licença-paternidade; descaso no fornecimento de uniformes e outros equipamentos de proteção individual; subnotificação de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, entre outras.
Os trabalhadores também denunciam o descumprimento da jornada de trabalho que deveria ser de 44 horas semanais, no período de segunda à sexta-feira, mas a Petrobrás exige ser diferente, impondo 40 horas de segunda à sexta-feira e mais quatro horas no sábado.
Outra fonte de insatisfação dos trabalhadores é a prática constante do assédio moral. Segundo informações obtidas pelo Sindicato, a Empercom chega a incentivar “líderes” para que tratem mal os colegas, sob pena de não se tornarem “aptos” para integrar o “sistema”. Não há diálogo e sobram ameaças de perseguição e demissão quando as inúmeras irregularidades são questionadas.
O SINDPETRO-RN apoia o movimento grevista e dará toda a assistência necessária para que a situação seja normalizada, o mais breve possível. A entidade já havia denunciado o desrespeito aos trabalhadores e continuará cobrando soluções, inclusive, pela via judicial.