Reunida em São Paulo nesta segunda-feira, 06, a direção da FUP discutiu a implementação do calendário de luta e das principais deliberações da 5ª Plenafup, realizada entre os dias 01 e 05 de julho, em Guararema, na Escola Nacional Florestan Fernandes. A Federação protocolou na Petrobrás nesta terça-feira, 07, a pauta política unitária aprovada por unanimidade na Plenária e que tem por base as propostas já apresentadas pela FUP para o Plano de Negócios e Gestão 2015-2018, cujo objetivo é garantir a manutenção dos investimentos da empresa, para que continue atuando de forma integrada e sendo indutora do desenvolvimento nacional.
Diante da gravidade do atual quadro político e dos ataques contra a Petrobrás, os petroleiros que participaram da Plenafup aprovaram que a prioridade da categoria neste momento deve ser impedir a venda de ativos e os cortes de investimentos anunciados pela empresa, bem como barrar os projetos que visam alterar o modelo de partilha do pré-sal. A Plenária acolheu as pautas encaminhadas pelos congressos regionais e remeteu para discussão no Conselho Deliberativo da FUP, que será realizado em Brasília, na primeira semana de agosto, durante o retorno dos parlamentares após o recesso no Congresso Nacional. Nesta mesma semana, a CUT, a CTB e outras centrais sindicais realizarão uma grande manifestação contra o ajuste fiscal em frente ao Ministério da Fazenda.
Acesse aqui a Pauta Política Unificada protocolada na Petrobrás
Os petroleiros aprovaram também por unanimidade uma série de mobilizações, inclusive um indicativo de greve, para se contrapor ao plano de desinvestimentos em curso na Petrobrás e ao PLS 131, do senador José Serra (PSDB/SP), que ameaça alterar o modelo de exploração do pré-sal, retirando da Petrobrás a função de operadora única e acabando com a participação obrigatória da empresa em todos os campos exploratórios.
Plano de lutas e assembleias
Nesta terça-feira, 07, quando o PLS 131 estará novamente na pauta de votação do Senado, a FUP e seus sindicatos voltarão a se manifestar nos principais aeroportos do país, como fizeram na semana passada, para pressionar os parlamentares sobre a importância de manter a Petrobrás como operadora única do pré-sal. As mobilizações integram o calendário de lutas deliberado pela 5ª Plenafup, que aprovou o indicativo de greve nacional em defesa da Petrobrás e do Brasil.
Até o dia 17, a FUP e os sindicatos realizam assembléias para submeter aos petroleiros os indicativos de estado de assembléia permanente e estado de greve. Ainda nesta semana, os petroleiros se somarão às mobilizações dos trabalhadores da BR Distribuidora, subsidiária que está na eminência de ter parte de seu capital entregue ao mercado. Na próxima semana, entre os dias 14 e 22 de julho, os petroleiros iniciam uma série de mobilizações nas bases contra a venda de ativos e os cortes de investimentos, que já estão impactando os trabalhadores e o País.
No dia 24 de julho, data da próxima reunião do CA, a categoria realizará uma greve de 24 horas para deixar claro que não aceitará que a maior e mais estratégica empresa do país seja desmantelada, colocando em risco as conquistas dos últimos anos, o que já está gerando demissões em massa e a desestruturação da política de conteúdo nacional.
CALENDÁRIO DE LUTAS APROVADO PELA PLENAFUP
- 07 de julho – atos nos aeroportos
- 07,08, 09 de julho – mobilizações e assembléias nas bases da BR Distribuidora contra a abertura do capital da subsidiária
- 07 A 10 de julho – concentração de representações da FUP e de seus sindicatos em Brasília, contra o PLS 131 e em defesa do pré-sal
- 07 a 17 de julho – assembléias para deliberar sobre estado de assembléia permanente, estado de greve e contribuição assistencial de 2% da remuneração, dividido em duas parcelas, para subsidiar a campanha em defesa da Petrobrás e contra a entrega do pré-sal
- 14 a 23 de julho– atos em defesa da Petrobrás, por segmentos: dia 14 nas unidades do gás e energia e nas usinas de biodiesel; no dia 16, nos terminais da Transpetro; no dia 17 nas refinarias; no dia 21, nas bases do E&P e dia 22, nas unidades administrativas
- 24 de julho – greve de 24 horas
- Primeira semana de agosto – Conselho Deliberativo Ampliado, em Brasília
Fonte: FUP