O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, por liderar o dito maior esquema de corrupção do país, ajudará autoridades norte-americanas – isso mesmo: norte-americanas – a cobrarem bilhões em reparação da Petrobrás.
O herói Costa, que está em liberdade depois de se tornar delator premiado, pretende colaborar com o FBI e com as autoridades dos EUA, após ter sido acusado de protagonizar o escândalo na estatal, que impulsionou o golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff, a entrega do Pré-Sal a grupos internacionais, e, agora, as ações coletivas de acionistas americanas contra a empresa.
Com o nome sujo até mesmo na Suíça, onde foi acusado de receber pagamentos bilionários de empresas sediadas no país europeu, Paulo Roberto Costa ingressou na Petrobrás em 1978, conhecendo vigorosa ascensão em seus quadros, a partir de 1995, quando obteve sua primeira nomeação política, no governo Fenando Henrique Cardoso, ao ser indicado para Gerente Geral do Departamento de Exploração e Produção do Sul.
Mesmo sendo um dos principais responsáveis pelo esquema de corrupção, envolvendo cerca de R$ 6 bi, atestado pela Price, e pelo desmonte da Petrobrás, Costa recebeu benefício de trocar a pena de 12 anos de prisão, por quatro horas semanais de serviços comunitários, até 2019. Agora, o responsável por um dos piores cenários brasileiros, descansa, em sua nada humilde residência, à espera da entrega total da Petrobrás ao capital estrangeiro, após conquistar o apelido de Paulo Roberto Costa, o herói dos EUA.
FUP