O Sindipetro Bahia firmou na última sexta-feira, 11, um convênio com a Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com o objetivo de propor soluções alternativas para que a PBIO continue a fazer parte do Sistema Petrobrás, aumentando a sua produção e consequentemente a sua rentabilidade.
A proposta inicial prevê a contratação de dois estagiários da UFBA, que sob a orientação do professor Ihering Guedes, irão realizar pesquisas e elaborar notas técnicas, que darão subsídio para a elaboração de um projeto com propostas que visam garantir a sustentabilidade da Usina de Candeias. O Sindipetro ficará responsável pelo pagamento de um estagiário. O outro será pago pelos próprios trabalhadores da PBIO, através de cotização.
De acordo com o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, no decorrer do projeto, a ideia é realizar encontros e seminários, com a participação da universidade, Sindipetro, trabalhadores da PBIO, representantes da Petrobrás e do governo do Estado. O primeiro encontro antecedeu à assinatura do acordo, nesta sexta-feira, e contou com a participação de representantes do Sindipetro Bahia, da UFBA, trabalhadores da PBIO, do vereador Moisés Rocha e do ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, que deu uma aula de economia, abordando a história e importância do biocombustível.
O diretor de Estudos Econômicos do Sindipetro Bahia e funcionário da PBIO, Valter Paixão, disse que a ideia do projeto surgiu diante do atual quadro da empresa. “Imaginamos um cenário pior e estamos nos antecipando aos problemas que podem vir, nos organizando para dar uma resposta com bases técnicas e demonstrar o nosso ponto de vista de porque a PBIO está nessa situação e como ela pode vir a reverter o quadro, e assim, nossa expectativa é que se mantenham as usinas, os ativos e os empregos” esclarece Paixão, que será o responsável pela coordenação dos estudos no projeto proposto.
O funcionário da PBIO, Eduardo Machado, afirmou que os trabalhadores da Usina estão felizes em poder participar dessa atividade, principalmente fazendo propostas para a viabilidade da empresa. “Constatamos que está havendo um retrocesso, pois quando Lula iniciou o projeto de biodiesel tinha um compromisso com o lado social e ambiental e hoje vemos que a empresa está indo na contramão desse caminho”, lamenta.
Deyvid encerrou o encontro parabenizando os trabalhadores (as) da PBIO e afirmando ser essa “uma iniciativa muito pertinente, porque a partir do momento que apresentamos propostas para a Petrobrás/PBIO, em detrimento da venda de ativos, demonstramos a nossa capacidade de organização, de propor soluções em vez de apenas criticar os problemas, que são evidentes. Se ao apresentar soluções conseguirmos evitar ou diminuir a venda dos ativos da empresa, isso já traz um resultado muito positivo”.
Fonte: Sindipetro BA