O Pensamento Político e o Mundo do Trabalho foi o tema abordado na primeira de uma série de palestras que fazem parte da programação do X Congresso dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia.
A palestra, transmitida através da página do facebook e do canal do Yotube do Sindipetro Bahia na noite da segunda-feira (7), teve como mediador o diretor administrativo do Sindipetro, David Leal e como palestrantes o Prof. Dr. Penildon Silva Filho, Pró-reitor de Ensino de Graduação da UFBA e a economista e Supervisora Técnica do DIEESE Bahia, Ana Georgina Dias.
O professor Penildon fez um resgate histórico sobre as correntes de pensamentos políticos e econômicos com foco no papel do estado na sociedade brasileira, citando as diversas reformas ocorridas no Brasil desde o governo Temer até os dias atuais e que levaram à diminuição da renda e dos direitos trabalhistas, assim como ao aumento da pobreza no país.
Ele também falou sobre o processo de ascensão social da população promovido por governos de centro-esquerda, nos anos 2000, na América Latina, citando os casos da Argentina, Paraguai e Brasil, chegando até o desmonte e a redução do papel do estado, no Brasil, nos últimos cinco anos, com todas as suas consequências negativas vividas pela população. Para Penildon, “o capitalismo está em cheque e o neoliberalismo fracassou e está sendo abandonado internamente pelas grandes potências como os EUA”.
A Supervisora Técnica do DIEESE, Ana Georgina Dias, mostrou a contradição que existe hoje no Brasil sob Bolsonaro. Uma vertente política neoliberal que tem como base o conservadorismo nos costumes. Para ela é difícil caraterizar a corrente política e ideológica do Brasil atual. “Temos uma economia amarrada, fruto de uma política extremamente conservadora, que só é liberal no sentido da redução do papel do estado na promoção do bem-estar social e da retirada de direitos da classe trabalhadora e do retrocesso nas questões relacionadas às mulheres, aos negros e aos LGBTQIA+”.
Para a economista, “hoje, no Brasil, o mundo do trabalho, em termos de garantia dos direitos trabalhistas, está mais próximo da primeira Revolução industrial do que da quarta Revolução, que está no seu limiar”. Mas, esperançosa, Ana Georgina acredita que nem tudo está perdido. “A volta ao trilho democrático e inclusivo no Brasil passa pelas universidades e pelos movimentos sociais e sindicais”, opina.
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[Da Imprensa do Sindipetro Bahia]