Sindipetro-NF exige solução imediata do problema, que também atinge outras unidades, entre elas a P-40. Sindicato avalia que o tema envolve a segurança física e psicológica dos trabalhadores
Sindipetro NF
A que ponto chegou a maior empresa do País e uma das maiores do mundo. Nesta semana, o Sindipetro-NF recebeu manifesto dos trabalhadores da P-51, plataforma da Bacia de Campos, com a denúncia de que os petroleiros precisaram fazer uma greve de fome, durante toda a segunda, 25, para protestar contra a degradação das condições de alimentação a bordo.
E esta não é a primeira vez que o sindicato registra reclamações dos trabalhadores sobre problemas na alimentação e condições de higiene a bordo de plataformas. Outra unidade com situação semelhante é a P-40.
No manifesto da P-51, os trabalhadores denunciam que está sendo “imposta uma série de mudanças na quantidade, qualidade e forma de preparo dos alimentos, que está gerando insatisfação de todos os trabalhadores desta plataforma”.
“Temos visto que a cada dia a qualidade de nossa alimentação está piorando, não estão sendo servidos frios; as frutas foram reduzidas em quantidade e qualidade (fora do ponto de maturação adequada para consumo). Foram retirados os pontos de frigobar (fora do refeitório) que tínhamos na plataforma e que facilitava ao acesso a frutas. Foram retiradas as garrafas de água mineral de 500ml, com isso o colaborador que não puder se ausentar de sua área de trabalho ficará sem consumir este alimento que é de grande importância ao corpo humano. Este tipo de alteração sinaliza para nós, como os elaboradores do contrato de hotelaria desconhecem nossas condições de trabalho, informamos a estes que nas áreas de produção não temos bebedouros”, registra o documento.
Os petroleiros também protestaram também contra as restrições nas opções de lazer e de convívio nos momentos de descanso a bordo, com dificuldades no acesso à internet, games e filmes. Até mesmo o tradicional churrasco foi extinto.
Questão de segurança
Para o Sindipetro-NF, esta questão não é secundária, como pode parecer a uma pessoa que não conhece o setor petróleo. Para quem está em espaço confinado, longe de casa e trabalhando sob tensão em um local de risco, ter acesso a uma boa alimentação e a opções de lazer é uma necessidade de segurança física e psicológica.
O sindicato cobrou providências imediatas da empresa em relação ao tema. A gerência de SMS da companhia disse ao sindicato que, na P-40, houve falta de gêneros em razão de um problema em um container, que teria sido resolvido. Na P-51, houve a insatisfação com o novo cardápio, agravada com problemas em um balcão térmico. “Vamos dialogar com a equipe a respeito do cardápio e providenciaremos balcão térmico temporário enquanto se adquire um novo”, disse a gerência.