Mulheres debatem desafios das lutas coletivas diante do avanço do fascismo

Análise de conjuntura contribui para os debates que estão sendo realizados no 2º Encontro Nacional e Unificado das Mulheres Petroleiras, ao colocar em perspectiva o difícil momento político que atravessamos e os desafios do combate às opressões que afetam principalmente as mulheres trabalhadoras

[Da comunicação da FUP]

Os desafios e as perspectivas das lutas das mulheres no atual cenário político e econômico do Brasil e do mundo foram a tônica central da primeira mesa de debate do 2º Encontro Nacional e Unificado das Mulheres Petroleiras, que reúne trabalhadoras das bases da FUP e da FNP em Xerém, na Baixada Fluminense. O evento começou na tarde desta segunda-feira, 26, e prossegue até quarta, 28, com análises de conjuntura e debates sobre transição energética e as lutas coletivas de combate às opressões, especialmente as de gênero.

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Participaram da mesa a deputada estadual do Rio de Janeiro, Marina do MST (PT); a professora e militante do PSTU, Paula Falcão, que foi candidata a vice-prefeita do Rio nas últimas eleições; a pesquisadora Clara Saraiva, militante feminista do PSOL e do movimento Mulheres em Lutas; e a petroleira Jane Sant’Ana, Secretária Geral da CUT RJ, diretora executiva do Sitramico RJ e candidata ao Conselho Fiscal da Petros (dupla 62).

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As convidadas contribuíram com suas análises de conjuntura para os próximos debates que serão realizados durante o encontro das petroleiras, ao colocarem em perspectiva o difícil momento político que atravessamos e os desafios do combate às opressões que afetam principalmente as mulheres trabalhadoras. Elas falaram sobre as limitações dos governos progressistas e o avanço da extrema direita no Brasil e no mundo, reforçando a necessidade da unidade e da mobilização para avançar nos projetos políticos do campo da esquerda e enfrentar o neofascismo.

A deputada Marina do MST destacou a importância de um projeto político unitário de desenvolvimento nacional que envolva a juventude, a classe trabalhadora e os segmentos populares, lembrando que é papel dos movimentos sociais pressionar o governo Lula por avanços nas pautas trabalhistas e sociais. Ela também fez uma convocatória às mulheres petroleiras para que participem das ações de solidariedade ao povo palestino. “Enquanto esquerda, temos que denunciar os horrores que vêm sendo feitos contra o povo palestino e de pressionar o governo Lula a romper relações comerciais com Israel, que está patrocinando esse genocídio”, afirmou.