Na manhã desta quarta-feira (29), a gerência do Terminal de Guararema, da Transpetro – subsidiária integral da Petrobrás –, antecipou a entrada dos trabalhadores do regime de turno ininterrupto de trabalho em uma hora, das 7h para 6h. Com isso, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) decidiu adiar a assembleia na unidade, inicialmente agendada há uma semana para começar às 7h desta quarta.
“Sem explicação aos próprios trabalhadores, a gerência antecipou a entrada do turno, o que inviabilizou a nossa assembleia. A dúvida que paira é: foi uma prática antissindical deliberada ou teve algum outro motivo?”, questiona o diretor do Sindipetro-SP, Felipe Grubba.
Assembleias como essa estão ocorrendo em todas as bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e estão deliberando sobre a aprovação do estado de greve contra as privatizações na Petrobrás iniciadas durante o governo Bolsonaro e que ainda estão em curso. Além disso, os petroleiros estão votando sobre a possibilidade da realização de uma contribuição extraordinária de 1,5% dos salários durante quatro meses (não inclui férias, benefício educacional etc.), com o objetivo de apoiar as mobilizações previstas para o próximo período.
“O sindicato não concorda com esse tipo de postura, é imprescindível que a empresa respeite o nosso direito de organização. Isso pode se configurar como uma prática antissindical, se for de fato comprovada que essa antecipação do turno tem alguma ligação com a nossa assembleia”, afirma Grubba.
Devido a essa ocorrência, o Sindipetro-SP suspendeu a assembleia, que será reagendada para os próximos dias. “O sindicato aguarda um posicionamento da Transpetro sobre essa grave situação que ocorreu hoje pela manhã em Guararema”, finaliza Grubba.
[Da imprensa do Sindipetro SP]